O diretor-executivo do escritório da NBA no Brasil, Arnon de Mello, filho do ex-presidente Fernando Collor de Mello, explica que ambos trabalharam produtos diferentes.
Ao ser questionado pela Folha se vê similaridade entre seu trabalho de promover a liga americana de basquete e o trabalho feito por Collor, que em pouco tempo, passou de um político desconhecido e se tornou presidente após uma das mais disputadas eleições da história (teve como rivais Lula, Leonel Brizola, Paulo Maluf, Mário Covas, entre outros), Arnon respondeu que não.
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Jorge Araújo-15.mar.1990/Folhapress |
Fernando Collor de Mello no dia de sua posse |
"Você está comparando duas situações diferentes", argumentou Arnon. "Meu pai estava promovendo uma 'marca' desconhecida. Eu estou trabalhando para aumentar a base de fãs de uma marca conhecida [NBA]."
Arnon disse que sua segunda incursão no esporte não foi motivada pelas imagens de seu pai praticando esportes, veiculadas durante o período pré-eleitoral em 89: suas corridas matinais, demonstrações de caratê e voltas em seu jet ski. "Não morava com ele, sou filho do primeiro casamento. Então minhas lembranças são bem vagas a esse respeito."
"Vou convidar minha família, mas não sei se ele [Collor] estará lá", diz Arnon, em referência à partida entre Washington e Chicago, dia 12 de outubro, no Rio.
Oriundo do mercado financeiro, Arnon não crê que o "nome" de seu pai tenha ajudado a obter sua vaga atual. "Na NBA nunca me perguntaram se era filho dele, aliás nem mencionaram ele. E nem quando trabalhei no [banco de investimentos] Lehman Brothers."
Ao ser questionado se acreditava que ninguém tinha conhecimento do parentesco, reconheceu que "pode ser [que tivessem]".
"Mas o que me levou a meus cargos [nas firmas americanas Astor Group e Barclays Capital] foi meu currículo."
Hoje, Arnon prestigiou o evento NBA 3X, campeonato 3X3 organizado pela liga, a partir das 9h, no Parque Villa-Lobos, em São Paulo.