Folha de S. Paulo


PVC: Beckham, muito mais do que marketing

Eric Cantona era o camisa 7 do Manchester United até a semifinal da Liga dos Campeões de 1997, perdida para o Borussia Dortmund. No dia seguinte, o craque francês entrou na sala de Alex Ferguson e informou: "Parei!" A camisa 7, a mais simbólica na Inglaterra, foi entregue a David Beckham no momento seguinte e começou a nascer ali o melhor time da era Ferguson, o time campeão da Champions League em 1999.

Beckham cruzava da direita no segundo pau, Dwight Yorke desviava e Andy Cole concluía. Uma montanha de gols nasceu assim. Ou no chute direto, pé direito certeiro da David Beckham. Por exemplo, o gol da vitória por 2 x 1 sobre o Tottenham na última rodada do Campeonato Inglês de 1999, um dos troféus da Tríplice Coroa dos Red Devils.

Dez anos depois, após passar e jogar bem no Real Madrid e no Los Angeles Galaxy, Beckham foi contratado para jogar cinco meses pelo Milan. O técnico Carlo Ancelotti gostou tanto de seu desempenho que convidou-o para uma nova passagem no inverno seguinte. E gostou mais, a ponto de levá-lo para o Paris Saint-Germain para os últimos chutes de sua carreira vitoriosa.

Beckham recebia convites assim, porque respondia com bom futebol --e até com marketing. Também porque podia usar os últimos passos de sua trajetória no futebol para agradar sua mulher, a ex-Spice girl Victoria. Depois de Manchester, Beckham morou em Los Angeles, pertinho de Hollywood, em Milão e Paris.

Nada mau.


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