Ser eliminado nas oitavas de final da Libertadores, ainda que contra o Boca Juniors, não estava mesmo nos planos do Corinthians.
Segundo Tite, é hora de "juntar os cacos" para o jogo de domingo, contra o Santos, que vale o título de campeão paulista. E, depois disso, pensar no futuro.
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"Estamos absorvendo [...] Temos a possibilidade, três ou quatro dias depois, de sermos melhores do que o Santos e poder conquistar o título paulista."
Voltar do litoral com um título traria alívio imediato à decepção do gol de Riquelme e à omissão do árbitro paraguaio Carlos Amarilla.
O discurso de todos os corintianos após a partida foi o mesmo: antes de mais nada, há uma decisão de campeonato pela frente.
Até domingo, a filosofia adotada pelo clube é a de não fazer nenhum grande movimento --e isso inclui, por exemplo, o futuro de Jorge Henrique, ainda uma incógnita.
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Mas na sequência, só volta a jogar no dia 25 maio, pelo Campeonato Brasileiro, que, assim como o Paulista, já ficou mais pesado para o Corinthians.
"Não há dúvidas de que o Corinthians vai entrar no Brasileiro com mais força", disse o diretor de futebol do clube, Roberto de Andrade, próximo à saída do vestiário do Pacaembu.
Sem a Libertadores, o Corinthians poderá dar mais descanso aos jogadores, recuperar lesionados, como Renato Augusto, e fazer a pré-temporada que não conseguiu fazer após o Mundial do Japão.
Até a Copa das Confederações, serão seis jogos --Santos, pelo Paulista, Botafogo, Goiás, Ponte Preta, Cruzeiro e Portuguesa antes da pausa de quase um mês.
"Vamos ver como a gente redireciona [o planejamento da temporada]", disse Tite. "Confesso que não pensei nisso ainda. A gente vem numa sequência de jogos decisivos no Paulista, Ponte, São Paulo, nesse meio tempo o jogo com o Boca lá, o jogo contra o Santos, o jogo da volta contra o Boca...", afirmou. "Não estava nos nossos planos."
"A gente pensava na possibilidade de estar jogando na próxima quarta-feira contra o Vélez. E passou o Newell´s [Old Boys]. Planejamento é isso, redirecionar", completou o treinador.
Segundo Roberto de Andrade, o planejamento para a temporada "não muda uma vírgula".
"Não estamos negociando a saída de nenhum jogador, e continuamos de olho no mercado como sempre ficamos", disse.
O clube confirmou ontem acerto com o volante Maldonado, 33, que não joga desde o ano passado, com contrato até o fim de 2013. Ele chega para ser reserva de Ralf, cujo reserva, Guilherme Andrade, sofreu lesão no joelho e não voltará a jogar antes de cinco meses.