Folha de S. Paulo


Palmeiras tenta feito inédito em 21 anos

O Palmeiras enfrenta hoje o Tijuana, do México, às 22h, no Pacaembu, para obter um feito inédito na Libertadores em mais de duas décadas.

Desde a campanha do Criciúma em 1992, um clube que disputa a Série B do Brasileiro não consegue avançar às quartas de final do principal torneio sul-americano.

Victor Moriyama- 26.abr.2013/Folhapress
Gilson Kleina dá entrevista no CT do Palmeiras
Gilson Kleina dá entrevista no CT do Palmeiras

Basta uma vitória simples para o Palmeiras enfrentar o Atlético-MG. Derrota e empate com gols classificam o Tijuana. Se o jogo acabar 0 a 0, como no México há duas semanas, haverá pênaltis.

Há 21 anos, o time catarinense dirigido pelo técnico Levir Culpi chegou até as quartas de final, quando caiu diante do São Paulo, campeão daquela edição.

Curioso é que tanto o Criciúma de 1992 quanto o Palmeiras de hoje chegaram à Libertadores conquistando a Copa do Brasil sob o comando do mesmo treinador: Luiz Felipe Scolari.

Na última década, Santo André (2005) e Paulista (2006) também chegaram pelo mesma via à competição continental mesmo estando na Série B, mas foram eliminados na fase de grupos.

Hoje, o time titular do jogo mais importante do Palmeiras no ano deve ter sete jogadores que estavam no elenco rebaixado no ano passado --Bruno, Maurício Ramos, Henrique, Márcio Araújo, Wesley, Tiago Real e Vinícius.

Isso porque o técnico Gilson Kleina indicou que vai repetir a escalação da partida de ida no campo sintético do Tijuana, com Tiago Real no lugar de Souza, para melhorar as assistências ao centroavante Kleber.

Com um elenco limitado, o Palmeiras aposta novamente na força de sua torcida, que esgotou no sábado os quase 35 mil ingressos para o clube mandante, para manter o 100% de aproveitamento na Libertadores no Pacaembu.

No ano, foram dez vitórias, três empates e só uma derrota no estádio paulistano.

Para o Tijuana, jogar no Pacaembu não traz boas lembranças. Em março, o time mexicano perdeu por 3 a 0 para o Corinthians na fase de grupos do torneio.

Por isso, o técnico Antonio Mohamed já disse que jogará mais fechado, explorando os contra-ataques com o trio Martínez, Moreno e Riascos.

Além do ataque rival, o Palmeiras teme a atuação do árbitro venezuelano Juan Soto, chamado de "bandido" pelo zagueiro Henrique na derrota para o Libertad, do Paraguai, em fevereiro, por ter impedido sua entrada em campo antes de um lance que resultou em gol do adversário.

"São coisas que ficam marcadas", afirmou Kleber. "Mas vamos procurar ir tranquilos, pensando apenas em jogar futebol", completou.


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