Em franca decadência após o domínio no final do século 20, quando conquistou o tricampeonato olímpico (1992 a 2000), a seleção feminina cubana de vôlei aposta em uma atleta de 14 anos para tentar reviver a era de glória.
Após não conseguir classificar a equipe para os Jogos de Londres-12 --foi a primeira ausência desde o boicote em Seul-88--, o técnico de Cuba, Juan Carlos Gala, renovou a equipe e convocou Melissa Vargas, de 14 anos.
Diferente de outras modalidades que colocam limitação mínima de idade para determinadas disputas, o regulamento da Federação Internacional de Vôlei não faz menção ao assunto.
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Melissa, em jogo de Cuba |
Melissa já havia se destacado no Campeonato Pan-Americano sub-20, no mês passado, em Havana.
Mesmo muito abaixo do limite de idade, a cubana de 1,86 m foi eleita a melhor atacante do campeonato e esteve entre as primeiras colocadas do ranking de saque.
Cuba não conseguiu aproveitar o fato de jogar diante da torcida, terminou em sexto lugar e não se classificou ao Mundial da categoria, na República Tcheca, em junho.
Agora, a renovada seleção cubana disputa a partir de sexta um torneio internacional na China que, além da equipe da casa, conta com Tailândia e Porto Rico.
Em julho, participa de um torneio na Rússia e, em agosto, disputa o Grand Prix.
Na seleção masculina, Cuba já havia lançado internacionalmente um jogador com a mesma idade de Melissa. Em 2008, Wilfredo León se tornou o mais jovem jogador a disputar a Liga Mundial.
Com o tempo, León se consolidou na equipe e chegou ao posto de capitão. Sem permissão para jogar fora de Cuba, o jogador de 19 anos e 2,02 m pediu dispensa da seleção cubana no mês passado.
Seu nome, porém, ainda aparece na relação dos inscritos para a Liga Mundial.
O jornal oficial cubano "Granam" publicou que o pedido de León não foi aceito e, como persistiu na decisão de deixar a equipe, ele cometeu uma infração grave.
Com as agências de notícias