Folha de S. Paulo


Grandes pilotos têm hegemonia em risco na Indy

Andretti, Ganassi e Penske dividem os títulos das últimas dez temporadas da Indy. Mas algo parece fora dos eixos para essas equipes, que dominam a categoria desde 2003.

Na última etapa, em Long Beach (EUA), as potências viram Takuma Sato, da A.J. Foyt, se tornar o primeiro japonês a vencer uma prova na Indy e a quebrar um tabu, já que a equipe não vencia desde 2002, com o brasileiro Airton Daré, em Kansas.

Em circuito misto, como no caso de Long Beach, o tabu durava desde 1978. Já Andretti, Ganassi e Penske não chegaram ao pódio, o que não acontecia desde 2003.

A segunda colocação ficou com o americano Graham Rahal, da Rahal Letterman Lanigan. Em 2012, ele correu pela Ganassi. O inglês Justin Wilson, da Dale Coyne, mesmo time da brasileira Bia Figueiredo, completou o pódio.

"Acho que isso mostra a competitividade da Indy. Por ter um regulamento muito travado, você não tem onde pôr dinheiro e desenvolver tanto mais que um outro carro. E aí acontecem surpresas", disse Felipe Giaffone, que correu pela Indy entre 2001 e 2006 e hoje é membro do comitê da Indy na Enter, braço de eventos da Band.

As mudanças na Indy estão evidentes desde a temporada passada, quando a categoria viu a Andretti acabar com a hegemonia de quatro títulos seguidos da Ganassi.

Na ocasião, o norte-americano Ryan Hunter-Reay venceu o campeonato pela primeira vez em sua carreira.

Neste ano, a Indy começou com a surpresa James Hinchcliffe, da Andretti. Um canadense de 26 anos que tinha dois terceiros lugares como suas melhores colocações, mas levou o troféu de primeiro lugar em São Petersburgo.

"Essas equipes [Ganassi e Penske] levam vantagem na consistência, mas não é raro uma pequena andar bem", afirmou Giaffone.

É na regularidade de seus pilotos e carros que as grandes equipes conseguem se manter no topo. Os três times poderosos da categoria emplacam seis pilotos entre os dez primeiros na competição.


Endereço da página:

Links no texto: