Folha de S. Paulo


Defesa impulsiona Atlético de Madri ante jejum de quase 14 anos em clássico

É olhando para trás que o Atlético de Madri acredita ter chegado o dia de enfim acabar com a escrita de quase 14 anos sem vitórias sobre o seu rival de cidade.

A equipe dirigida pelo argentino Diego Simeone entra no 25º jogo do jejum em confrontos com o Real Madrid, neste sábado, às 15h (com ESPN), pela 33ª rodada do Espanhol, ostentando a melhor defesa da competição.

Sergio Perez - 25.nov.2012/Reuters
Miranda comemora após marcar um gol contra o Sevilla, pelo Campeonato Espanhol
Miranda comemora após marcar um gol contra o Sevilla, pelo Campeonato Espanhol

São 25 gols sofridos em 32 partidas, média de 0,78 por jogo, cinco a menos que o próprio Real e oito que o Barcelona, virtual campeão nacional.

"Temos muitos defensores de qualidade. Um zagueiro da seleção uruguaia [Godín], o lateral direito que já foi da Espanha [Juanfran] e o Filipe Luis na esquerda, que voltou a ser convocado para a seleção", disse o zagueiro Miranda, outro selecionável, à Folha.

Uma possível vitória no clássico no Vicente Calderón terá um efeito duplo para o Atlético.

Além de representar o fim do incômodo tabu --a última vitória data de 1999--, também fará com que a equipe empate em pontos com o Real na classificação.

Os dois times da capital brigam pela segunda posição no Espanhol e estão separados por três pontos (71 a 68). Desde o título de 1996, o Atlético não termina a liga em melhor posição na tabela que seu maior rival.

"Nosso objetivo era a vaga na Copa dos Campeões. Este objetivo está 90% alcançado. Lógico que todos querem ficar à frente do Real, mas o que importa é o objetivo ser alcançado", adicionou Miranda.

Mesmo que o tabu persista ao jogo em que José Mourinho não terá Cristiano Ronaldo, com dores, e deve preservar alguns titulares para o confronto de terça-feira com o Borussia Dortmund, pela Copa dos Campeões, o Atlético ainda terá mais uma chance de destronar o rival nesta temporada.

O clássico se repetirá na final da Copa do Rei, no dia 17 de maio.

"A cobrança é grande. Mas nós jogadores sabemos que uma hora ou outra vamos ganhar", completou o brasileiro.


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