Folha de S. Paulo


Estádio do Palmeiras ganha nome de empresa alemã e estuda campanha por 'sobrenome'

A seguradora alemã Allianz confirmou nesta quarta-feira ter fechado acordo do "naming rights" da Arena Palestra, mas deve lançar uma campanha para definir o "sobrenome" do novo estádio do Palmeiras.

O acerto foi feito nesta semana com a WTorre, construtora que está reformando a nova arena do clube, e com a AEG, empresa norte-americana de entretenimento que fará a gestão do estádio.

Os detalhes do negócio, que dá direito à seguradora de nomear o estádio durante 20 anos por R$ 300 milhões, serão apresentados na manhã da próxima segunda-feira (29) no Shopping JK Iguatemi, em São Paulo.

Desde a semana passada, quando a negociação atingiu estágio avançado, especulava-se as possibilidades de Allianz Arena e Allianz Palestra. O primeiro nome, contudo, seria o mesmo do estádio do Bayern de Munique, na Alemanha. No Palmeiras, a empresa estuda fazer uma promoção para saber como será o 'sobrenome'.

Além dele, a Allianz já possui os direitos sobre o nome de outras três arenas pelo mundo, na Austrália, Inglaterra e França.

De acordo com o contrato de concessão da nova arena celebrado em 2008 entre Palmeiras e WTorre, o clube tem direito a apenas 20% da quantia recebida pela construtora pelo "naming rights". Ou seja, dos R$ 300 milhões negociados, R$ 60 milhões ficarão com o Palmeiras.

O acerto ocorre uma semana após a morte de um funcionário nas obras da nova arena, que tiveram de ser parcialmente interditadas a pedido da polícia. As obras ainda não foram retomadas desde então.

Antes mesmo do acidente, Palmeiras e WTorre já trabalhavam com uma nova data para entrega do estádio, entre fevereiro e março de 2014. A última previsão oficial era de que o estádio fosse inaugurado até o fim deste ano.

O maior empecilho tem sido o trecho que está sendo construído sobre uma parte da antiga arquibancada que não pôde ser demolida por exigência da Prefeitura de São Paulo, já que o clube utilizou um alvará de reforma e não para nova construção.

Além do atraso, o trabalho considerado "artesanal" pela construtora encareceu o custo total da obra, que já saltou de R$ 300 milhões para cerca de R$ 500 milhões (com correção inflacionária), segundo a WTorre.


Endereço da página:

Links no texto: