Folha de S. Paulo


CBF e empresas envolvidas na negociação da sede dizem não haver irregularidades

A CBF e as empresas envolvidas na negociação da sede da entidade disseram que não houve irregularidades.

"A aquisição e reforma do prédio que abrigará a nova sede da CBF foram e estão sendo feitas seguindo estritamente as normas e a legislação vigentes", diz a CBF, em nota.

A entidade não respondeu a perguntas da Folha, como e por que foram pagos R$ 43 milhões por cinco salas após elas terem sido negociadas por R$ 12 milhões.

Editoria de Arte/Folhapress

Um dos sócios da BT Empreendimentos, Otávio Grimberg, que fez o complexo e vendeu à CBF, disse ter feito um negócio privado com a entidade, que aceitou pagar o preço cobrado. O valor de R$ 70 milhões, diz, está dentro dos padrões da região.

"Fizemos um bom negócio, obviamente, ninguém vende forçado", afirmou, ontem.

Ele não quis avaliar se perdeu dinheiro ao repassar três salas --das oito do prédio-- no dia 28 de junho para a empresa Aprazível, que as vendeu para a CBF por R$ 15,2 milhões dois meses depois.

"Se ela [Aprazível] ganhou a mais, alguém ganhou menos, isso é um problema interno das empresas. Não me sinto à vontade para explicar. Meu preço era tanto, e eles [CBF] pagaram", disse.

"Esquece o passado, não vou te explicar o passado. Eu te provo o presente. Se eu quiser comprar barato é um direito meu, mas vender barato é uma maluquice, uma coisa que não fecha", afirmou.

O dono da Zayd Empreendimentos 2025, Alcides Correia, também disse que houve negociação privada com a CBF, sem distorção de preços.

A Folha não localizou os sócios das outras duas empresas envolvidas.


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