Folha de S. Paulo


Seedorf responde e acusa árbitro de inventar termo 'palhaçada'

O meio campo Seedorf, do Botafogo, fez questão de afirmar que não utilizou a palavra "palhaçada", descrita pelo árbitro Philip Georg Bennett na vitória por 2 a 1 sobre o Madureira, domingo passado, pelo Estadual do Rio.

Este teria sido o termo usado pelo holandês ao receber a determinação de sair de campo pela linha lateral e não pelo meio de campo. E, por causa disso, foi expulso de campo.

"Os fatos são esses. Essa palavra que ele falou que usei, de palhaçada, não falei nada disso. Talvez tenha sido jogador do Madureira e ele não entendeu. Foi uma confusão danada. Agora, ele não tem que inventar que falei isso", declarou.

Fabio Castro/Divulgação
Seedorf acena durante o jogo de domingo passado, pelo Botafogo, contra o Madureira, antes de ser expulso
Seedorf acena durante o jogo de domingo passado, pelo Botafogo, contra o Madureira, antes de ser expulso

Ainda sobre o lance da expulsão, Seedorf afirma não estar acima da lei, mas pede respeito com o seu currículo e história no futebol. Ele considera ainda que, se fosse mesmo substituído, tinha o direito, assim como os torcedores presentes, de sair pelo meio de campo para passar perto da galera e receber os aplausos.

"Não sou acima da lei e das regras. São coisas diferentes. Eu tento fazer tudo na lei. Estou falando de esporte e não tem nada a ver com crime. Eu sou diferente dos jogadores e tenho currículo que deve ser valorizado também. Tenho respeito por ele [o árbitro]. E nesse momento do jogo ele não teve consideração pela minha carreira, simplesmente. Fui substituído várias vezes, mas nunca saí pelo lado do campo. Futebol faz parte do entretenimento. Faz parte sair por ali e ser aplaudido. A pessoa vai no estádio para aplaudir. Eu decidi o jogo. Cinco mil pessoas queriam esse momento comigo. Podia ser outro jogador que tivesse decidido", comentou.

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Por fim, Seedorf ainda afirmou considerar toda essa repercussão em cima de sua expulsão um exagero. O craque, porém, afirma que o seu cotidiano continua igual.

"Estou com frio (risos). Eu durmo bem, como bem, estou relaxado. Parece que aconteceu um desastre natural com muitas mortes e foi só uma situação de jogo. Estou bastante angustiado por toda atenção que se criou. Tem uma decepção com a pouca sensibilidade. O Brasil é um pais que todos estão olhando, uma potência econômica mundial. Por uma coisa pequena se está criando estas notícias negativas pelo mundo inteiro. Fiquei mais triste por isso, porque não precisava. Poderia ter sido evitado", completou.

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