O comportamento do presidente da CBF, José Maria Marin, não é o mais o mesmo nas viagens da seleção brasileira. Saiu de cena o veterano simpático, que distribuía pins da CBF a torcedores que estivessem no saguão do hotel ocupado pelo time nacional. Marin também deixou de participar de eventos públicos e dar entrevistas.
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O dirigente se hospedou em hotéis diferentes da seleção tanto na Suíça quanto na Inglaterra. Em Genebra, visitou o hotel apenas uma vez, quando teve uma conversa privada com o técnico Luiz Felipe Scolari.
| Sebastião Moreira/Efe |
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| José Maria Marin (esq.) e Aldo Rebelo se encontraram e evento em novembro de 2012 |
Quando foi abordado por uma equipe da "ESPN Brasil", limitou-se a dizer que sua maior preocupação era a seleção brasileira. Não comentou os ataques que tem sofrido do deputado federal Romário (PSB-RJ), nem os recentes áudios em que ele, supostamente, aparece comentando negócios escusos.
Alexandre da Silveira, seu secretário particular, mandou o motorista "passar por cima" da equipe de reportagem da emissora, que registrou a cena.
Marin também esteve em Zurique para participar de reuniões na Fifa. Mas quem deu entrevista coletiva foram o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e os maiores dirigentes da entidade, Joseph Blatter e Jérôme Valcke.
Rebelo afirmou depois que não encontrou Marin, e quando foi perguntado a respeito, fez questão de manter distância do presidente da CBF. "Temos orientações ideológicas diferentes", disse.
Segundo a Folha apurou, o técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, também se preocupa com a repercussão das recentes polêmicas envolvendo Marin.
Procurado pela reportagem, Felipão disse que não comentaria o assunto. De qualquer maneira, não é situação inédita para o treinador, que em 2001 assumiu a seleção com o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, investigado por uma CPI. Um ano depois, ganhou o penta.