Folha de S. Paulo


Autor do gol do Brasil, Fred mantém prestígio em alta

Poucas vezes na história da seleção um jogador ficou tão isolado quanto Fred ontem. Na primeira bola que recebeu, a um minuto do fim, o camisa 9 fez o gol do empate de 1 a 1 contra a Rússia.

Foi o terceiro gol do centroavante do Fluminense em três jogos sob o comando de Luiz Felipe Scolari --contando o último jogo de Mano Menezes, contra a Argentina, no Superclássico das Américas, são quatro partidas consecutivas marcando pela seleção.

Fred recebeu nove bolas durante todo o jogo, uma a cada dez minutos. Contra Itália e Inglaterra, uma bola a cada três minutos. Até Hulk, que só jogou 23 minutos, foi mais acionado --dez vezes.

O dono absoluto da camisa 9 da seleção diagnosticou o problema maior do time.

"Nós erramos muito em forçar as jogadas pelo meio", disse o atacante, prestigiado por Felipão, que o escolheu para ser o capitão da seleção no próximo jogo, no dia 6 de abril, em Santa Cruz de la Sierra, contra a Bolívia.

"Encontramos dificuldades em algumas situações, temos que evoluir muito", diagnosticou o artilheiro.

Kaká, que ontem voltou ao time, teve uma atuação classificada como "dentro do esperado" por Felipão. O meia do Real Madrid foi muito melhor do que nos 28 minutos contra a Itália, mas saiu abatido com o resultado.

"É claro que incomoda não ganhar", declarou o camisa 10. "Mas acho que a vitória vai vir naturalmente."

Kaká foi substituído por Hulk. Um dos piores contra a Itália, o atacante do Zenit aproveitou os minutos em que esteve em campo no estádio Stamford Bridge.

O atacante entrou pelo lado esquerdo, e foi o melhor sócio que Marcelo teve por ali. Foi depois de uma boa tabela entre os dois que saiu o cruzamento para o gol de Fred.


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