Folha de S. Paulo


Com gols de Higuaín e Messi, Argentina passeia e amplia vantagem na liderança

Lionel Messi não deu a mínima para a marcação da Venezuela. Autor de um gol e duas assistências, ele ajudou a Argentina vencer o rival por 3 a 0, em Buenos Aires, pela décima rodada da eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014. Higuaín fez os outros dois.

Apesar do domínio e da facilidade encontrada pelos mandantes, dois gols foram polêmicos. No segundo tento, o árbitro peruano Victor Carrillo viu um toque voluntário de braço do lateral esquerdo Cichero, dentro de sua própria área. Assim, o juiz marcou a penalidade, convertida por Messi.

Enrique Marcarian/Reuters
Messi corre para comemorar seu gol para a Argentina sobre a Venezuela, o segundo da partida em Buenos Aires
Messi corre para comemorar seu gol para a Argentina sobre a Venezuela, o segundo da partida em Buenos Aires

O terceiro gol saiu depois de um passe do próprio Messi para Higuaín. Ao receber a bola, o atacante do Real Madrid estava em posição irregular.

Com o resultado, a Argentina chegou aos 23 pontos e ampliou sua vantagem na liderança. O time está quatro pontos à frente da segunda colocada Colômbia. No entanto, possui uma partida a mais.

A Venezuela estacionou nos 12 pontos e saiu da zona de classificação para o Mundial. Foi ultrapassada pelo Uruguai. Hoje, os venezuelanos teriam que jogar a repescagem para tentar disputar a Copa pela primeira vez em sua história.

Na próxima terça-feira, a Argentina visita a Bolívia na altitude de La Paz, enquanto a Venezuela recebe a Colômbia.

O JOGO

Antes de a bola rolar, Messi recebeu uma homenagem dos dirigentes da AFA (Associação de Futebol da Argentina) por ter sido eleito mais uma vez o melhor jogador do mundo.

Depois do apito inicial do peruano Victor Carrillo, o que se viu foi uma Argentina ofensiva e armada no 4-3-3 pelo técnico Alejandro Sabella. O trio de frente foi formado por Lavezzi, Higuaín e Messi.

Geralmente reserva, Lavezzi ganhou a vaga do lesionado Agüero. Suspenso, Di María deixou o espaço aberto para o santista Montillo ser titular.

A Argentina tinha a posse de bola e dominava todas as ações, porém esbarrava no 4-5-1 posto em campo pelo técnico César Farías.

Messi era bem marcado, porém, mesmo assim, conseguiu duas finalizações perigosas contra o gol de Hernández. O volante Rincón quase não desgrudava do astro do Barcelona.

Em um momento de sossego, Messi deixou Higuaín livre na área. O centroavante do Real Madrid só teve o trabalho de bater na saída do goleiro adversário aos 28min.

A Venezuela não desistia da marcação implacável. Aos 39min, Rincón trombou com Messi no meio de campo e chegou a abrir um corte abaixo do olho do argentino. Como não escorreu sangue, ele continuou na partida.

Três minutos depois, o próprio Messi invadiu a área e bateu de primeira. A bola saiu pela linha de fundo.

Quando o primeiro tempo parecia definido, o lateral esquerdo Cicheiro desviou uma bola na área com o ombro. O juiz peruano enxergou um toque voluntário de braço e assinalou a penalidade. Messi cobrou com força e ampliou a vantagem argentina.

No primeiro minuto do segundo tempo, Messi, que a esta altura já estava mais solto em relação à marcação de Rincón, quase fez o terceiro. Hernández impediu.

Aos 8min, o volante Gago driblou dois venezuelanos na mesma jogada e serviu Montillo na esquerda. O santista abusou ao tentar encobrir o goleiro rival. Higuaín, que esperava um toque no meio, ficou irritado.

Farías, então, resolveu mexer na Venezuela. Colocou Otero no lugar de Seijas.

Logo após a alteração, Messi serviu mais uma vez Higuaín na área. Impedido, o atacante deu um tapa na bola, marcou seu segundo gol no jogo e agradeceu o camisa 10, aos 14min.
Sabella também fez uma substituição na Argentina. Gago saiu para a entrada de Banega.

Aos 18min, Otero perdeu a melhor oportunidade dos visitantes na partida. Rondón construiu a jogada pela esquerda e serviu o meia na pequena área. Ele isolou.

Quando o cronômetro apontava 24min, a torcida argentina voltou a gritar "olé" para embalar o toque de bola dos atletas.

A Argentina não entrou na empolgação e apenas administrou o resultado. Otero ainda perdeu outra chance incrível e os treinadores fizeram todas as substituições possíveis no fim do confronto.


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