Folha de S. Paulo


Scolari diz que, taticamente, Neymar foi perfeito

Luiz Felipe Scolari gostou do que viu em Genebra. O treinador da seleção brasileira distribuiu elogios a seus jogadores após o empate por 2 a 2 diante da Itália.

"Taticamente o time se comportou bem, tanto que vou insistir nessa formação para os próximos jogos", declarou o técnico do Brasil, que tem também uma derrota para a Inglaterra desde que voltou a dirigir o time da CBF.

Felipão tratou de mimar Neymar, pelo que fez em campo ontem e pelas conversas que tiveram nas noites anteriores ao jogo contra a Itália.

"Taticamente ele fez uma das melhores partidas que já vi, foi perfeito", disse o treinador. O atleta do Santos fugiu de algumas de suas características típicas e acrescentou outras a seu repertório.

Neymar deu mais continuidade às jogadas, tentou só um drible e ainda assim foi o jogador que mais finalizou no time de Felipão, três vezes.

O treinador gostou particularmente de ver Neymar ajudando na defesa. "Ele teve um papel importante na recomposição, em ajudar a marcar o Pirlo, que era o principal armador deles."

O astro do Santos está recebendo um tratamento de "mortal" na seleção. A comissão técnica quer que ele apareça o menos possível --entendem que a seleção é uma chance para o atacante descansar de sua vida agitada no Brasil. "Conversamos sobre coisas normais, falamos até sobre investimentos, do que é preciso para ter um futuro", contou Felipão.

Kaká, que não quis dar entrevistas após o jogo, foi a única exceção perceptível no discurso elogioso de Felipão.

Na véspera, o treinador havia afirmado que o meia do Real Madrid seria reserva contra a Itália, mas titular contra a Rússia, na segunda-feira, em Londres. Ontem, pisou no freio quanto à possibilidade de escalar Kaká entre os 11 no próximo jogo.

"Pode ser, vou estudar", foi a curta resposta de Felipão quando questionado sobre o meia. Com a camisa 18, Kaká entrou ontem no segundo tempo, no lugar de Oscar, e teve atuação apagada.

A seleção volta a jogar na segunda-feira, contra a Rússia, em Londres. Antes da convocação para a Copa das Confederações, faz dois jogos com atletas "locais": ante a Bolívia e Chile, nos dias 6 e 24 de abril.


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