O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, afirmou na terça-feira que "todos estádios da Copa do Mundo" devem estar prontos até dezembro.
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"É imperativo para o Mundial, para a Fifa e para o Brasil", disse o dirigente, que em visitas anteriores ao país já havia admitido que o Itaquerão, estádio da abertura do Mundial, só ficasse pronto em fevereiro de 2014.
A cobrança de Valcke, em entrevista coletiva na sede da Fifa ontem, em Zurique, foi bem recebida pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que ontem estava a seu lado.
"Nosso trabalho é cumprir todas as expectativas que a Fifa depositou no Brasil em relação ao Mundial e à Copa das Confederações", disse.
Enquanto Valcke cobrou prazos e o ministro prometeu cumpri-los, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, tratou de amaciar a outrora tensa relação entre a entidade e o governo brasileiro.
"Precisamos de rigor nos aspectos técnicos, no controle financeiro, não da pontualidade dos trens suíços", disse o cartola. "É certo que haverá problemas, mas também é certo que serão corrigidos. O Brasil cumprirá seu papel."
SEM ATRASO
Aldo Rebelo afirmou que o governo federal "está monitorando" as situações de Cuiabá e São Paulo, tidas hoje como as mais graves.
"Uma empreiteira abandonou a obra em Cuiabá, mas o governador Silval Barbosa me garantiu que antes de dezembro o estádio estará pronto", disse Aldo ontem na Suíça.
O ministro afirmou que está acompanhando o impasse entre Odebrecht, Banco do Brasil e Corinthians, que pode gerar até paralisação nas obras do Itaquerão.
Aldo, porém, admitiu que o Maracanã pode passar por mais obras entre 2013 e 2014.
"As obras que não forem concluídas para a Copa das Confederações serão concluídas para a Copa do Mundo."
Em visita ao Brasil na semana passada, Valcke disse ter recebido do governador do Rio, Sérgio Cabral, a promessa de que o Maracanã seria inaugurado em 27 de abril.
O estádio do Rio será palco da decisão da Copa das Confederações, em 30 de junho deste ano, e também da final da Copa do Mundo, em 13 de julho de 2014.
AFASTADOS
Os eventos na Fifa ontem serviram também para deixar claro que é cada vez pior a relação entre o governo federal e o presidente do COL e da CBF, José Maria Marin.
Aldo Rebelo e Marin participaram de reuniões diferentes no sede da Fifa em Zurique, na parte da manhã.
Embora estivessem no mesmo país, na mesma cidade e no mesmo prédio, não se encontraram. Aldo deu entrevista coletiva ao lado de Blatter e Valcke. Marin não.
O ministro evitou comentar os ataques do deputado federal Romário (PSB-RJ) a Marin. Mas marcou suas diferenças com o cartola.
"Nossos passados são diferentes, temos orientações ideológicas diferentes. Mas não estamos aqui discutindo isso, e sim tentando organizar uma Copa do Mundo."