Folha de S. Paulo


Convocação da seleção é usada para prevenir deserções de Dante e Diego Costa

As recentes convocações do zagueiro Dante e do atacante Diego Costa para a seleção brasileira se devem também a medidas protecionistas por parte da CBF.

Além de terem apresentado bom desempenho na atual temporada europeia, os dois ganharam uma chance porque a comissão técnica não quis correr o risco de vê-los jogando contra o Brasil.

Dante, 29, titular indiscutível do Bayern de Munique, poderia ter se naturalizado alemão se quisesse. Diego Costa, 25, destaque do Atlético de Madri, teve oportunidade de virar espanhol.

Divulgação
O zagueiro Dante (esq.) ao lado do alemão Thomas Müller, em comemoração da equipe do Bayern de Munique
O zagueiro Dante (esq.) ao lado do alemão Thomas Müller, em comemoração da equipe do Bayern de Munique

Ao vestirem a camisa da seleção principal do Brasil, perdem o direito de defender outro país. Dante já jogou contra a Inglaterra, no mês passado. Diego Costa faz sua estreia nesta quinta-feira, ante a Itália.

Luiz Felipe Scolari e o coordenador Carlos Alberto Parreira ouviram técnicos da Europa antes de fecharem a convocação dos dois.

O risco de perdê-los para outras potências, prováveis rivais do Brasil na Copa do Mundo de 2014, pesou.

"Meu sonho sempre foi defender a seleção brasileira", disse Diego Costa ao se apresentar na Suíça. "Vou fazer de tudo para ficar, porque a primeira chance pode ser também a última."

Dante agradou a Felipão na estreia contra a Inglaterra, apesar da derrota do Brasil por 2 a 1 em Wembley. Tanto que voltou à lista para os jogos contra Itália e Rússia.

Terça-feira, no primeiro treino da seleção antes do jogo contra a Itália, os dois começaram na reserva. Na segunda parte do ensaio, passaram para o time titular.

Jorge Guerrero/AFP
O atacante brasileiro Diego Costa (à esquerda), do Atlético de Madri, marcado por Botia, em Sevilha
O atacante brasileiro Diego Costa (à esquerda), do Atlético de Madri, marcado por Botia, em Sevilha

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