É cada vez mais distante a relação entre Aldo Rebelo, ministro do Esporte, e o presidente da CBF e do COL, José Maria Marin.
Aldo participou de reunião nesta terça-feira com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e com o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, em Zurique, na Suíça. Marin também, mas de encontros diferentes.
- Obras da Copa não precisam de pontualidade de trem suíço, diz Blatter
- Preco dos ingressos da Copa-2014 será semelhante ao da África do Sul, diz Fifa
- Veja o especial da Copa-2014
Embora estivessem no mesmo país, na mesma cidade e no mesmo prédio, não se encontraram. Aldo deu entrevista coletiva ao lado de Blatter e Valcke. Marin, não.
Após a coletiva, o ministro conversou com jornalistas brasileiros em Zurique. Primeiro, foi polido ao falar sobre os ataques de Romário a Marin. O ex-jogador e hoje deputado federal (PSB-RJ) quer que o presidente da CBF explique suas relações com a ditadura.
"O Legislativo tem suas prerrogativas, e não cabe a mim como membro do executivo, como ministro, e até como ex-presidente de uma CPI, interferir nisso", disse Aldo.
Em seguida, o ministro foi questionado sobre a diferença de seu passado com o de Marin. Aldo foi militante comunista (é do PCdoB), enquanto o cartola fez carreira política na Arena, partido alinhado à ditadura.
"Nossos passados são diferentes, temos orientações ideológicas diferentes. Mas não estamos aqui discutindo isso, e sim tentando organizar uma Copa do Mundo. Vamos tentar levar nossos compromissos adiante."
Depois das reuniões, Marin viajou para Barcelona. Aldo continua na Suíça para outros compromissos. Os dois estarão no jogo entre Brasil e Itália nesta quinta-feira, em Genebra.
| Sebastião Moreira - 8.nov.2012/Efe | ||
 |
||
| José Maria Marin (esq) e Aldo Rebelo se encontraram em evento em novembro de 2012 |