O Tribunal de Justiça de São Paulo adiou nesta terça-feira a decisão sobre a multa milionária que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e a FPF (Federação Paulista de Futebol) teriam que pagar por causa do escândalo da "Máfia do Apito". As duas entidades foram condenadas em R$ 220 milhões por danos morais difusos.
De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo, o adiamento foi um pedido da revisora do caso, que quer reavaliar o processo. A decisão deve sair apenas na semana que vem.
Antônio Gaudério - 31.jul.2005/Folhapress |
Edílson Pereira de Carvalho, protagonista da "Máfia do Apito" |
Dois dos três desembargadores que analisam o caso decidiram anular as multas. O terceiro votaria neste terça-feira.
Se julgar contra as entidades e convencer ao menos um dos outros dois colegas a mudar de opinião, a condenação será mantida. Caso contrário, elas se livram do pagamento.
Na defesa, a CBF e a federação alegam que tomaram todos os "cuidados" na escalação dos juízes. "Mas elas não podem responder pela pretensa desonestidade de alguns cidadãos", diz o advogado Carlos Miguel Aydar.
A "Máfia do Apito" foi descoberta em 2005. Na oportunidade, os árbitros Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon fraudaram jogos do Campeonato Paulista e do Brasileiro a mando de apostadores, num esquema comandado pelo empresário Nagib Fayad. Onze partidas do Nacional foram disputadas novamente.
O Corinthians foi o campeão nacional na oportunidade.