Folha de S. Paulo


Valcke diz que não houve conflito de interesse ao ser consultor do Brasil

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, confirmou que prestou consultoria ao Brasil quando o país ainda era candidato à Copa do Mundo de 2014, no início de 2007, mas disse que não viu conflitos de interesse.

Sergio Moraes/Reuters
Valcke participa de evento no Rio ao lado de Ronaldo
Valcke participa de evento no Rio ao lado de Ronaldo

"Fui três ou quatro vezes a São Paulo para dar conselhos comerciais a uma agência. Quando fui nomeado secretário-geral, o acordo foi desfeito. Eu participo das reuniões do Comitê Executivo, mas não tenho direito a voto. Eu estava fora da Fifa na época e o presidente Blatter estava ciente. Não há conflito de interesse, não tenho que me justificar. Não tinha como influenciar. Houve um acordo na América do Sul e o Brasil foi candidato único", disse Valcke sobre a consultoria.

Segundo reportagem hoje da Folha, Valcke estava afastado da Fifa após uma multa imposta à entidade pela justiça dos EUA por causa de um acordo comercial envolvendo a Visa e a Mastercard, antiga parceira da entidade. Nesse período, Ricardo Teixeira contratou Valcke como consultor da candidatura.

Valcke voltou à Fifa em meados de 2007 como secretário-geral e em outubro o Brasil foi escolhido como sede da Copa-2014. A Colômbia desistira da candidatura meses antes e o Brasil era o único postulante a receber o evento.

O secretário-geral da Fifa causou mal-estar com o governo brasileiro ano passado ao dizer que o Brasil precisava de um chute no traseiro para avançar nas obras do Maracanã. Depois de um pedido formal de desculpas, hoje Valcke garantiu a entrega dos estádios para a Copa do Mundo e que eles estarem prontos ou não está fora de questão.

Com Lancepress


Endereço da página:

Links no texto: