O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, conhecido pelo episódio do "chute no traseiro do Brasil, disse nesta segunda-feira que a entidade preferia que os estádios da Copa das Confederações fossem entregues em dezembro de 2012 e que abril de 2013 é o "limite do limite".
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"Preferíamos a entrega em dezembro de 2012, mas a decisão foi tomada por todos para meados de abril. Mesmo assim, com o atraso que ocorreu, temos tempo suficiente. Mas não é possível atrasar mais que meados de abril. Temos que verifica tudo, gramado, campo, cobertura. Tudo deve estar pronto para os jogos testes", afirmou.
| Ueslei Marcelino/Reuters | ||
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| O presidente da CBF, José Maria Marin, e Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, em visita ao estádio de Brasília |
Valcke participou de inspeção no estádio de Brasília nesta segunda-feira. Inicialmente, o governo do Distrito Federal preparava uma cerimônia para celebrar os 500 dias para a Copa do Mundo, mas, com a tragédia em Santa Maria (RS), as festividades foram suspensas e ocorreu apenas a visita técnica.
O dirigente da Fifa cobrou que Brasília cumpra os prazos e estabeleceu abril como data "limite do limite". A frase foi dita logo após o governador Agnelo Queiroz anunciar que a data prevista para inauguração do estádio é 21 de abril, aniversário de Brasília. Mais de uma vez Valcke destacou que a pessoa mais importante de Brasília, para ele, era a engenheira responsável pela obra no governo. O dirigente da Fifa ainda elogiou o estádio, que classificou como "espetacular".
Agnelo, por sua vez, disse que o governo do DF está empenhado em cumprir os prazos. "Estamos focados para cumprir todas as metas e queremos fazer jogos testes antes da Copa das Confederações para chegar no auge em junho".
O governador defendeu o custo do estádio que, após os descontos de impostos, deve chegar a mais de R$ 850 milhões. Segundo o governador, não se pode comparar a obra do Mané Garrincha com reforma de outros estádios. "É preciso comparar o metro quadrado da obra. Nosso estádio é um dos mais baratos, mesmo com o custo de fazer uma obra sustentável".
CUSTOS
Após a visita técnica, Jerome Valcke disse que as cidades-sede bancarão estruturas temporárias para a Fifa manter uma espécie de quartel-general durante as partidas _ algumas estimativas passam de R$ 30 milhões por cidade.
"Esse é um custo que as cidades-sede se comprometeram desde o início a pagar. Ninguém gosta de gastar dinheiro. Eu não gosto de pagar imposto, mas pago todo ano. A Fifa também irá gastar dinheiro, mais de U$1 bilhão", disse.