Folha de S. Paulo


Rali Dacar é surpreendido com cheias de rios na 11ª etapa

Uma surpreendente cheia em alguns rios que cruzam o traçado do Rali Dacar fizeram carros e caminhões pararem no primeiro ponto de controle da 11ª etapa, no quilômetro 83, nesta quarta-feira.

"Devido à piora das condições meteorológicas mais além do previsto, as águas que atravessam o percurso experimentaram um crescimento importante", declarou a organização da prova, que analisava providências.

Até então, o americano Robby Gordon liderava este trecho da corrida entre La Rioja e Fiambalá, na Argentina. O francês Stéphane Peterhansel segue na ponta da classificação geral.

AFP
Carro do francês Pacal Thomasse cai em fenda, durante 11ª etapa do rali
Carro do francês Pacal Thomasse cai em fenda, durante 11ª etapa do rali

Entre as motos, o piloto americano Kurt Caselli --substituto do lesionado tricampeão Marc Coma-- venceu a 11ª das 14 etapas, que foi encurtada em 30 km por causa do mau tempo. Líder do rali e campeão em 2012, o francês Cyril Despres chegou em terceiro lugar.

Ele possui mais de 13min de vantagem sobre o vice-líder, o português Ruben Faria, seu companheiro de equipe na KTM, e está a 18min do chileno Francisco López, que ocupa a terceira posição geral.

Diferentemente de outros anos, as dificuldades na região se referiam desta vez à navegação e ao barro levado pelas chuvas.

"Hoje era muito fácil cair e quebrar algo. A etapa era curta, mas havia nevoeiro e eu não encontrava bem as direções porque não via as montanhas", afirmou Despres, aliviado após a chegada.

Baseado em experiências anteriores, ele havia dito na véspera que a 11ª etapa seria imprevisível. "Sofri muito mais hoje em 190 km do que ontem em 800 km", avaliou.

"Quando levantou o nevoeiro, apareceu a chuva, que deixou enlodados alguns caminhos. O barro se acumulava, havia um rio cheio de lama de uns 200 m", relatou.

Vencedor de quatro etapas, o espanhol Joan Barreda caiu e machucou o ombro, mas obteve a sexta colocação desta quarta-feira.

No próximo desafio, os competidores voltam ao Deserto de Atacama em direção a Copiapó, no Chile, atravessando 319 km cronometrados.

A quinta edição latino-americana do rali acontece com um novo traçado à beira do Oceano Pacífico com a chegada em Santiago --prevista para 20 de janeiro-- e um passeio pelo norte e pelo centro da Argentina.

Serão mais de 8,5 mil quilômetros (cerca de metade cronometrada) divididos em 14 etapas.


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