Folha de S. Paulo


Rio será a cidade mais desafiada da história olímpica, diz chefe de Londres-2012

Dois meses depois do escândalo do roubo de informações dos Jogos-2012 por funcionários do Comitê Rio 2016, o presidente do Locog (Comitê Organizador dos Jogos de Londres), Sebastian Coe, disse nesta segunda-feira que o Rio será a cidade-sede mais "desafiada" da história olímpica.

Ao participar do seu primeiro evento público na cidade, ele fez questão de fazer um prognóstico positivo em relação aos Jogos de 2016.

"Tenho a certeza de que a Rio-2016 será uma Olimpíada sensacional. Estou certo de que vocês [brasileiros] vão olhar para trás e dizer o mesmo. Mas saibam que muito trabalho será necessário e nenhuma cidade será tão desafiada como o Rio", afirmou Coe, que participa de um evento do COI no Rio.

Santi Carneri/Efe
Carlos Arthur Nuzman (à esq.) posa para fotos com Sebastián Coe, no Rio
Carlos Arthur Nuzman (à esq.) posa para fotos com Sebastian Coe, no Rio

Apesar dos elogios aos organizadores brasileiros, Coe disse que o planejamento nos próximos anos será fundamental para o sucesso da Olimpíada brasileira.

"Levamos sete anos para organizar o evento e cada dia você vai fazendo coisas diferentes. Nunca se acerta tudo. O que é necessário é ter um time forte para que os imprevistos sejam amenizados."

O dirigente minimizou o roubo de informações confidenciais do Locog. Em setembro, o comitê do Rio demitiu nove integrantes após receber reclamação dos ingleses pelo furto de arquivos da Olimpíada de Londres-2012.

"Não é algo a que demos muita atenção ou consideramos muito relevante", afirmou o cartola britânico.

"Nunca dois comitês organizadores trabalharam tão juntos. O Carlos [Arthur Nuzman, presidente do comitê da Rio-2016] é uma grande amigo", afirmou Coe.

Em setembro, a organização da Rio-2016 disse que os demitidos "agiram por iniciativa própria, sem o conhecimento de seus chefes imediatos e de nenhuma outra liderança do Rio 2016".


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