Folha de S. Paulo


Anfitriões, britânicos encerram Jogos Paraolímpicos em grande estilo

A cerimônia de encerramento dos Jogos Paraolímpicos mais bem sucedidos da história coroou uma temporada espetacular para o esporte da Grã-Bretanha neste domingo, quando o Estádio Olímpico sediou uma festa memorável para atletas e torcedores.

Os esportistas paraolímpicos se levantam e participaram das "olas" em torno da vasta arena ao final do evento de 11 dias, no qual a China encabeçou o quadro de medalhas.
A potência asiática legou 95 ouros em sua contagem de 231 medalhas, com Rússia (36 ouros, 102 no total) e a anfitriã Grã-Bretanha (34 ouros, 120 no total) em segundo e terceiro lugares respectivamente.

"Tivemos o mais extraordinário verão de esportes", disse Sebastian Coe, chefe da organização da Olimpíada de Londres, em uma coletiva de imprensa, enquanto Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico, mal podia acreditar na extensão da cobertura.

"Estou nas nuvens. Quando você consegue alinhar tudo, consegue um resultado estrondoso, e foi o que tivemos aqui".

A Paralimpíada de Londres vendeu 2,7 milhões de ingressos, quase 900 mil a mais do que em Pequim quatro anos atrás, e as vendas renderam cerca de 45 milhões de libras (aproximados R$ 145 milhões), ultrapassando a meta original dos organizadores, de 35 milhões de libras (cerca de R$ 113 milhões de reais).

Ben Stansall/France Presse
Imagens da festa de encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Londres
Imagens da festa de encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Londres

A cobertura e o interesse intensos foram sentidos em toda parte, e a vitória chocante do brasileiro Alan Oliveira sobre o favorito Oscar Pistorius na final dos 200 m bateu a cobertura do futebol no Brasil, disse Xavi González, executivo-chefe do IPC (Comitê Paralímpico Internacional).

Após sua vitória nos 400 m no sábado, Pistorius disse que a Olimpíada e a Paralimpíada de Londres foram "os maiores momentos" de sua vida.

O australiano Evan O'Hanlon, que venceu nos 100 e 200 metros na classe T38, de paralisia cerebral, que disse que ter uma deficiência provavelmente foi "a melhor coisa" que lhe aconteceu, estava igualmente encantado.

"Você tem um lucro imenso aqui. Torço para que Londres e a Grã-Bretanha tenham servido de exemplo e que o resto do mundo os siga. Obrigado a todos por assistirem, só o fato de ligarem a TV já aumenta nossa exposição".


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