Folha de S. Paulo


Williams está negociando com Raikkonen, diz acionista

O futuro de Rubens Barrichello na F-1 parece cada vez mais incerto depois que um acionista importante da Williams confirmou que a equipe está conversando com o campeão mundial de 2007, Kimi Raikkonen, sobre um possível retorno à categoria.

O austríaco Christian "Toto" Wolff disse ao jornal "Kronen Zeitung" que o finlandês, que conquistou o título com a Ferrari, foi um dos vários nomes em uma lista de pilotos possíveis da Williams para a próxima temporada.

Felix Heyder-17.out.2009/Efe
O finlandês Kimi Raikkonen, ainda na Ferrari
O finlandês Kimi Raikkonen, ainda na Ferrari

"Estamos conversando com Raikkonen", disse. "Mas ele é apenas uma das várias opções."

A ex-campeã Williams, que vive a sua pior temporada na Fórmula 1, com somente cinco pontos em 17 corridas, não disse nada oficialmente sobre qualquer contato com o finlandês de 32 anos, apesar da crescente especulação da mídia.

Perguntado no recente GP da Índia se Raikkonen poderia retornar à F-1 para correr pela Williams no ano que vem, o presidente da equipe, Adam Parr, se recusou a comentar.

"Nossos pilotos são Pastor Maldonado e Rubens Barrichello, e se, e quando, isso mudar nós vamos fazer um anúncio apropriado", disse ele.

Raikkonen, que ainda é muito popular entre os fãs da F-1 apesar de ter deixado o esporte para disputar provas de rali no final de 2009, disse à última edição da revista F1 Racing que tudo era possível, mas nada foi decidido.

"Há muitas opções diferentes e, claro, muita especulação", disse ele. "Até que alguma coisa seja certa, não há nenhum ponto em especular porque pode acontecer qualquer coisa."

Barrichello, que disputou mais corridas do que qualquer outro piloto na história da Formula 1, disse que quer continuar correndo e está esperando uma decisão sobre seu futuro antes do GP do Brasil, que encerra a temporada em 27 de novembro.

"Os fãs precisam saber. A Williams me disse que gostaria de tomar uma decisão antes do Brasil, por isso, espero pelo menos que seja algo positivo. Eu gostaria que isso acontecesse", disse o piloto brasileiro, de 39 anos, a repórteres no mês passado.

Maldonado, que está em sua primeira temporada na F1, leva consigo um patrocínio substancial para a equipe Williams, da estatal venezuelana de petróleo PDVSA, e sua permanência está garantida na escuderia.

Adrian Sutil é provável que seja outra opção forte para a Williams se o experiente piloto alemão não for mantido pela Force India.

O chefe da Force India, Vijay Mallya, disse na Índia que esperava anunciar sua linha de pilotos para 2012 antes da corrida deste fim de semana em Abu Dhabi, mas isso parecia menos provável nesta segunda-feira.

"Todos os pilotos me pediram para tomar uma decisão rápida, e eu respeito isso. Tenho uma grande decisão a tomar", disse ele. "Mas isso não foi feito ainda."

Está previsto que o britânico Paul Di Resta ficará no time. O alemão Nico Hulkenberg, que correu pela Williams no ano passado e conquistou a pole position no Brasil, está amplamente cotado para se juntar a ele em detrimento de Sutil.

O outro grande ponto de interrogação no mercado de pilotos paira sobre a Renault, com a possibilidade de retorno do polonês Robert Kubica.

Kubica ainda não entrou num carro de Fórmula Um desde um acidente quase fatal numa prova de rali de pré-temporada, e a Renault vai testar o francês Romain Grosjean no treino livre de sexta-feira desta semana para avaliar o seu potencial.

O brasileiro Bruno Senna, que tem um contrato para ficar na equipe até o final da temporada, também está esperando seguir na equipe no caso de Kubica não poder retornar.

As quatro melhores equipes -- Red Bull, McLaren, Ferrari e Mercedes -- estão com tudo pronto para manter seus pilotos inalterados.

Arte/Folhapress


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