Folha de S. Paulo


Americanos estão fazendo menos sexo do que no passado, mostra estudo

Ilustração Adão/Editoria de Arte/Folhapress

O sexo está na publicidade, no cinema e até nos smartphones. O sexo também pode ser benéfico. Muitos o consideram como exercício físico significativo.

Os americanos, porém, estão fazendo menos sexo.

Isso vale para todo mundo, independentemente do gênero, cor, estado civil ou a região onde moram, segundo um novo estudo publicado na revista científica "Archives of Sexual Behavior".

Os adultos que vivem nos EUA fizeram sexo nove vezes menos em 2014 do que no final dos anos 1990.

Do começo daquela década até o começo dos anos 2000, os americanos tiveram em média de 60 a 65 relações sexuais por ano, de acordo com o estudo. Mas, depois de 2002, eles aparentemente perderam o interesse pela coisa. A queda foi geral, mas um grupo parece puxar os números para baixo: os casados.

Eles geralmente fazem mais sexo do que os solteiros, mas essa vantagem está caindo, diz o artigo. Casais casados tiveram cerca de 56 relações sexuais por ano em 2014, contra 67 em 1989.

Mas mais pessoas estão ficando solteiras –o que significa menos sexo– e os casais que estão subindo ao altar estão fazendo menos visitas ao quarto.

O estudo ressalta diversas mudanças culturais nos últimos anos que podem ter levado a esse resultado. Uma delas é que os americanos hoje têm mais opções prazerosas à disposição –como navegar pelo Facebook e outras redes sociais, jogar videogame e assistir à Netflix.

Os adultos que nasceram e cresceram durante o crescimento da tecnologia e do entretenimento portáteis –os millenials e a geração Z– estão fazendo menos sexo do que as gerações anteriores.

Não há, porém, uma razão clara para isso. O artigo aponta duas possibilidades: mais horas de trabalho e a pornografia.

Apesar de todas as quedas. um grupo etário não deu sinais de que vai diminuir o ritmo: o de pessoas acima de 70 anos. Eles fizeram sexo cerca de 11 vezes em 2014, um aumento considerando as 9,6 vezes de 1989.

O trabalho foi baseado em uma amostra de mais de 26 mil adultos americanos.


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