Estados, ONGs e empresas farmacêuticas anunciaram nesta quinta-feira (19) em Davos, no Fórum Econômico Mundial, a criação de uma grande coalizão, com um capital inicial de 460 milhões de dólares, para desenvolver vacinas que possam combater rapidamente as epidemias globais.
"Nossa prioridade é desenvolver vacinas para as epidemias que identificamos como ameaças importantes", disse John-Arne Rottingen, secretário-geral da chamada Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI).
A coalizão pretende lutar principalmente contra infecções como a síndrome respiratória por coronavírus do Oriente Médio (MERS), a febre de Lassa ou o vírus Nipah, "que têm um potencial comprovado para provocar sérias epidemias".
"Mas também temos que estar prontos para o desconhecido", acrescentou Rottingen, que explicou que a coalizão é uma reação à epidemia de ebola na África que matou mais de 11 mil pessoas em 2014.
Até agora, o projeto arrecadou 460 milhões de dólares em promessas de doações da Alemanha, Noruega e Japão, assim como da fundação Melinda & Bill Gates e o Wellcome Trust. Também participam várias ONGs, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os grupos farmacêuticos GSK, Pfizer e Sanofi.