Folha de S. Paulo


Cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar, diz estudo

Um grande estudo na Inglaterra concluiu que pessoas que tentavam parar de fumar tinham substancialmente mais chances de sucesso se usassem cigarros eletrônicos, em comparação com outras terapias vendidas sem receita, como chicletes e adesivos de nicotina.

Os pesquisadores entrevistaram quase 6.000 pessoas que haviam tentado parar de fumar por conta própria. Cerca de um quinto daqueles que estavam usando cigarros eletrônicos havia parado de fumar no momento da pesquisa. Entre os usuários de adesivos e chicletes, essa parcela foi de um décimo.

"Isso não vai resolver a polêmica em torno dos cigarros eletrônicos", disse Thomas J. Glynn, pesquisador da Sociedade Americana do Câncer, que não fez parte do estudo. "Mas essa é uma evidência a mais de que, no mundo real, cigarros eletrônicos podem ser uma ferramenta útil, embora não revolucionária, para ajudar os fumantes."

O uso desses dispositivos aumentou rapidamente nos últimos anos e os reguladores tentam descobrir como agir na ausência de evidências sobre seus efeitos.

O debate é particularmente feroz nos EUA, onde alguns especialistas dizem que os dispositivos poderiam incentivar crianças e jovens a fumar. Já outros afirmam que os "e-cigarros" podem fazer com que fumantes optem por algo menos perigoso do que os cigarros tradicionais.

Há pouco mais de um mês, um estudo americano no periódico "Jama", com 88 fumantes, teve resultado diferente: quem usou o cigarro eletrônico não teve mais propensão a parar de fumar em relação aos outros.


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