Folha de S. Paulo


Ecoturismo quer desmistificar boto-cor-de-rosa

A boto-terapia é só uma das ações de um projeto de ecoturismo do boto-vermelho (outro nome do boto-cor-de-rosa) da Ampa (Associação Amigos do Peixe-Boi), que tem apoio do Oi Futuro, instituto de responsabilidade social da Oi.

Projeto usa botos do rio Negro (AM) para reabilitar crianças com deficiências

A ONG vai pôr em prática um modelo de turismo para observação de botos na comunidade São Thomé, que fica a 47 km de Manaus e pertence ao município de Iranduba.

Essa atividade já ocorre há mais de uma década, mas sem regras para como deve ser o contato com os bichos e que tipo de alimento é permitido dar a eles. Hoje, os turistas dão até salsicha e cerveja.

O projeto também quer desmistificar o boto em comunidades ribeirinhas. Até hoje, ele é visto como inimigo dos pescadores e acaba morto para virar isca. "Ele é um concorrente, porque se alimenta de peixes, e há a crença de que ele encanta pessoas, vira barcos e faz crianças se afogarem", afirma a bióloga Sannie Brum, colaboradora da Ampa.

"Os botos por muito tempo foram protegidos por lendas. Agora temos que agir para eles não virarem lenda", diz Vera Silva, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.


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