Folha de S. Paulo


Infraestrutura é barreira para adoção de teste de HTLV, diz especialista do Emílio Ribas

A obrigatoriedade do teste do vírus HTLV na rede pública de saúde esbarra na falta de infraestrutura, segundo o chefe do Departamento de Neuropsiquiatria do Instituto Emílio Ribas em São Paulo, Augusto Penalva.

"O desenvolvimento de um novo kit de diagnóstico mais em conta e eficiente é um avanço, mas a rede ainda não está preparada para receber os portadores do vírus e todos os cuidados necessários", afirmou.

No caso das gestantes de São Paulo diagnosticadas com o vírus, somente no final de 2011 é que elas foram incluídas no programa estadual de aleitamento, que garante leite aos recém-nascidos para evitar a contaminação.

O instituto tem em andamento uma pesquisa com 2.000 gestantes, que serão acompanhadas no parto e terão os filhos monitorados para verificar a transmissão ou não do vírus.
Segundo Penalva, no futuro, a pesquisa poderá dar subsídios para a implantação de uma rede de atendimentos aos portadores do HTLV. "O vírus ainda é um grande problema de saúde pública por ser negligenciado."

O Ministério da Saúde não se manifestou até o fechamento desta edição sobre políticas em estudo para implantar o exame de HTLV no pré-natal.


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