Folha de S. Paulo


"Tradição é o que amarro no presente para mandar para o futuro"

Quando ainda morava em Pernambuco, há cerca de 15 anos, Tico Magalhães, 35, sentiu-se transformado ao ter contato com a cultura popular brasileira. "Eu realmente comecei a entender e a olhar o mundo através do tambor."

Desde então ele partiu do Nordeste para Brasília no rastro das tradições do maracatu e, em 2004, criou o grupo Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro. Mas ainda sentia falta de algo que contemplasse também o contexto da cidade em que vivia.

Com a proposta de criar um "brinquedo" próprio do Distrito Federal, Magalhães e outros amigos artistas uniram as tradições do cerrado e o tambor para compor um novo gênero musical: o samba pisado.

Divulgação
Apresentação do grupo Seu Estrelho e o Fuá do Terreiro
Apresentação do grupo Seu Estrelho e o Fuá do Terreiro

"Neste processo eu comecei a escrever o mito do Calango Voador", conta. O espetáculo, que é a base das apresentações do grupo, parte do surgimento do mundo até chegar até a história da criação de Brasília.

"Tradição para gente é o que amarro no presente para mandar para o futuro", conta.

Além dos musicais, o grupo realiza anualmente o Festival Brasília de Cultura Popular, que conta com apresentações, oficinas, debates e várias atividades para promover as manifestações artísticas locais.

"Através da sua brincadeira é que você olha o mundo, se conecta com ele", diz Magalhães. "Tudo o que o mundo me deu e me oprimiu eu devolvo através da brincadeira."

Até a abertura da Copa do Mundo, o Imagina na Copa vai contar 75 histórias de jovens que estão transformando o Brasil para melhor.

Os vídeos serão publicados no site www.imaginanacopa.com.br e aqui, no Empreendedor Social.

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