Folha de S. Paulo


Uma lei para as empresas juniores se tornarem grandes

Formar o indivíduo com capacidade e comprometimento para transformar o Brasil. Líderes ousados e movidos pelo propósito de um país mais empreendedor. Essa é a missão que move um dos maiores movimentos universitários do país, o Movimento Empresa Júnior.

Em um país no qual a educação é mal qualificada, as escolas utilizam modelos tradicionais de ensino e qualquer melhoria na qualidade é vista como um passo maior do que as pernas, jovens inquietos procuram melhorar o seu ecossistema.

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Nesse contexto, surgiu o conceito de Empresas Juniores (EJs), enquanto ambiente que orienta o ensino superior à prática, na realização de projetos e consultorias inovadoras para micro e pequenas empresas.

No último mês, o tema entrou na pauta do Congresso Nacional, onde tramita projeto de lei que pretende regulamentar a atuação dessas empresas na universidade. O PL nº 8.084/14 é um estímulo para criar, definitivamente, o conceito nacional de Empresa Júnior, além de favorecer o relacionamento com as Instituições de Ensino Superior (IES).

O projeto em discussão estabelece como Empresa Júnior associações civis sem fins lucrativos vinculadas a, no mínimo, uma IES, com atividade voltada ao curso de graduação ao qual está ligada. Tais instituições devem ser formadas exclusivamente por estudantes universitários e ter finalidade educacional, dentre outros critérios descritos na proposta.

A atual rotina de trabalho das EJs no Brasil é repleta de desafios que serão reduzidos com a aprovação do projeto de lei. Por não existir uma conceituação legal, essas organizações sofrem desconfiança do mercado e das universidades. A partir do marco legal, será possível pleitear com maior facilidade o reconhecimento das empresas dentro das instituições, além de garantir espaço físico, orientação em projetos e reconhecimento de carga horária dos professores orientadores. A entrada em vigor da legislação vai possibilitar ainda o diálogo com conselhos de classe e órgãos públicos.

A Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresa Juniores está monitorando de perto a tramitação do projeto.

Já aprovado no Senado, o projeto agora está em discussão na Câmara dos Deputados em caráter terminativo. A rede de mais de 10 mil empresários juniores atuantes no Brasil hoje aguarda ansiosa as definições da futura lei, para fazer melhor aquilo que já estão estão fazendo e o que poderão desenvolver no futuro.

O primeiro compromisso do movimento é com o país. Acreditamos na construção de um Brasil empreendedor e mais competitivo. Com empresas, governos e universidades melhores. E também um Brasil mais ético e comprometido com a verdade. Mais meritocrático: um país onde as pessoas são protagonistas de seu crescimento. Mais realizador: um lugar onde boas ideias saem do papel. Acreditamos que esse país será construído por meio da vontade de uma geração inconformada com sua realidade e que tenha coragem de sonhar e ousadia para agir.

VICTOR CASAGRANDE é presidente da Brasil Júnior - Confederação Brasileira de Empresas Juniores


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