Folha de S. Paulo


Investimento social no Brasil chega a R$ 2,9 bi, mas cai 18% em dois anos

Divulgação/Shopper
Equipe da Shopper em ação de entrrega de doações para a ONG Associação Nossa Turma
Equipe da Shopper em ação de entrrega de doações para a ONG Associação Nossa Turma

O investimento social privado do Brasil alcançou R$ 2,9 bilhões em 2016, valor 18% menor dos R$ 3,55 bilhões alcançados em 2014 (em valor corrigido em dezembro de 2016), segundo o Censo Gife, principal pesquisa do setor no país.

Segundo o relatório, realizado a cada dois anos e que contou com 116 organizações associadas ao Gife, quase metade (48%) dos participantes investiram R$ 6 milhões ao ano em causas sociais no biênio 2015-2016. Os principais temas de interesse foram educação (84%), formação de jovens para trabalho ou cidadania (60%) e cultura e artes (51%).

Outra queda registrada pelo censo foram os investimentos realizados por meio de leis de incentivo fiscal –com a Rouanet e de fomento ao esporte. No último levantamento, R$ 402 milhões foram destinados a causas sociais desta forma, uma queda de 14% em relação a 2014, quando o valor correspondeu a R$ 599 milhões.

O principal objetivo dos participantes na destinação dos recursos é beneficiar um indivíduo ou um grupo de indivíduos –caso de 78% dos respondentes. O menor interesse (6%) está em apoiar órgãos, serviços ou programas no âmbito da administração pública.

Outro ponto mostrado na pesquisa é a regionalização dos investimentos. Ainda que 44% apoiem programas com impacto em todo o país, 77% destinam valores para organizações no Sudeste. O Norte é a região que menos recebe recursos –30% responderam que apoiam instituições deste local.

PERFIL

Pouco mais da metade (53%) dos participantes do Censo Gife estão constituídos como instituto ou fundação empresarial. Os familiares vêm em segundo lugar (19%), 14% são independentes e 15% são empresas.

A maior parte dos recursos investidos têm como origem doações da empresa mantenedora (46%) e de fundos patrimoniais (28%). Captações internacionais e doações de indivíduos ou grupos familiares mantenedores correspondem à menor parcela (1% e 3%, respectivamente).

O principais pontos do estudo podem ser conferidos no site da Gife, parceira do Prêmio Empreendedor Social.


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