Folha de S. Paulo


Multinacional irá investir R$ 1,6 bi na reutilização de embalagens até 2020

Divulgação/Camila Machado/IPCC
Usina de reciclagem de Curitiba
Usina de reciclagem de Curitiba

Após anunciar recentemente a junção de seu programa de reciclagem com sua principal concorrente no Brasil, a Coca-Cola anunciou na sexta-feira (19) um novo compromisso: recolher o equivalente a 100% das embalagens que coloca no mercado até 2030.

Como parte do caminho para chegar a um "Mundo sem resíduos", que dá nome ao programa, a multinacional estabeleceu uma meta intermediária para o Brasil. O objetivo é chegar a 2020 com a destinação correta de 66% das embalagens –hoje esse número está em 51%. Para isso, serão investidos R$ 1,6 bilhão.

O valor se refere ao que já vem sendo feito desde 2016. Nos últimos dois anos, R$ 400 mil já foram destinados aos programas de reutilização. "Para chegar a 100%, é preciso começar a trabalhar urgentemente", afirma Andréa Mota, diretora de sustentabilidade da empresa. "Em dois anos, precisamos dar um salto."

O trabalho terá foco em três frentes. O primeiro é redesenho das embalagens. "Vamos investir em inovação, pesquisa e tecnologia para cada vez mais produzir embalagens com menos resíduos, menos resina. Até dez anos atrás, as garrafas PET eram 20% mais pesadas", explica Mota.

Outra frente é o reúso, do qual o principal objetivo é aumentar a participação de embalagens retornáveis no portfólio, com a compra de vasilhames e a reformulação de linhas.

Por último, a Coca-Cola continuará seu trabalho com reciclagem. "Como aumentar a capacidade de usar material reciclável nas embalagens? Hoje, utilizamos 30% em PET e 66% em vidro", diz a diretora de Sustentabilidade, que também confirma a continuação de investimento em catadores de recicláveis.

Segundo Mota, uma parte do valor será ainda destinada a campanhas de conscientização do consumidor. "A responsabilidade é de todo mundo. Cada cidadão pode contribuir e deve, como separando lixo em casa", afirma Mota, "É responsabilidade do governo, da sociedade civil e da indústria. Não tem bala de prata. Como todo desafio, requer trabalho coletivo."


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