Folha de S. Paulo


Iniciativas inovadoras geram impacto social em meio à crise

A 13ª edição do Prêmio Empreendedor Social retrata um Brasil que investe em microcrédito produtivo, busca prisões mais humanizadas e aposta na tecnologia como ferramenta para fortalecer a democracia.

"Os finalistas de 2017 realizam tarefas e propõem soluções que se tornam mais necessárias e desafiadoras em tempos de crise, como o nosso", afirma Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, que realiza a premiação em parceria com a Fundação Schwab, comunidade-irmã do Fórum Econômico Mundial.

"Assim como nos demais setores da economia, o terceiro setor e o ecossistema de negócios de impacto social também se ressentem da falta de recursos e investimentos."

Principal rede internacional de empreendedorismo social com modelos já testados, a Schwab aposta em líderes inovadores que estão à frente de mudanças sistêmicas para os cidadãos mais vulneráveis da sociedade.

"Durante mais de uma década, com nossa parceira, a Folha, temos nos dedicado a identificar e a acelerar empreendedores sociais brasileiros que estão alavancando o mercado para atacarem problemas sociais", afirma Hilde Schwab. "O setor de empreendedorismo social do Brasil é enérgico, e estamos comprometidos em reverberar esses líderes inovadores internacionalmente."

Ao final do concurso de 2017, Valdeci Ferreira, da Fbac (Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados), é o Empreendedor Social do Ano. Ele disputou a categoria principal com Bernardo Bonjean, da Avante, e Ronaldo Lemos, do ITS Rio.

O Empreendedor Social de Futuro, voltado para jovens de até 35 anos, teve como ganhador Ralf Toenjes, cofundador da ONG Renovatio. Ele concorreu com Hamilton da Silva, do Saladorama, e com Lígia Stocche, Renan Ferreirinha e Tábata Amaral, o trio que lidera o Mapa Educação.

Para retratar o país dos empreendedores sociais neste ano, a equipe de avaliação da consultoria Plano CDE e de reportagem da Folha visitou oito Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Ceará, Amazonas e Minas Gerais).

Périplo que resultou no relatório para o júri, em documentários e em perfis dos empreendedores publicadas neste caderno especial.

Para mostrar as unidades prisionais humanizadas administradas sob a supervisão da Fbac, a equipe esteve em prisões em Timon (MA) e São João Del Rei (MG).

Em Maracanaú (CE) e Aldeias Altas (MA) foram colhidas histórias de sucesso de microempreeendedores que obtiveram crédito produtivo da Avante para tocar seus negócios e melhorar de vida. Nas paradas em João Pessoa (PB) e no Rio, sede do ITS, foi possível mostrar como o aplicativo "Mudamos" pode revolucionar a participação popular no processo democrático.

Já os jovens empreendedores finalistas tecem suas iniciativas em São Paulo, onde o Mapa Educação realizou seu segundo congresso; no Amazonas, onde a Renovatio promoveu mais um mutirão para distribuir óculos e prestar atendimento gratuito a populações ribeirinhas; e no Recife, onde o Saladorama leva alimentação saudável para comunidades carentes.

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, IEL (Instituto Euvaldo Lodi) –uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria– e Fundação Banco do Brasil. Tem a Latam como transportadora oficial e o apoio de Instituto C&A e Teatro Porto Seguro, além da parceria estratégica de ESPM, FDC, Insper e UOL.


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