Folha de S. Paulo


Com categoria internacional, prêmio pagará R$ 50 mil a projetos sociais

Divulgação/FBB
Da esq. p/ dir.: Victor Frontaura (CAF); Maristela Baioni (Pnud); Fábio Eon (Unesco); Asclepius
Da esq. p/ dir.: Victor Frontaura (CAF); Maristela Baioni (Pnud); Fábio Eon (Unesco); Asclepius "Pepe" Soares (FBB); Alan Bojanic (FAO); e Martin Raiser (Banco Mundial)

Em sua 9ª edição, o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais reconhecerá iniciativas capazes de gerar soluções para desafios sociais no Brasil, na América Latina e no Caribe. Os vencedores receberão R$ 50 mil cada.

Os projetos brasileiros podem se inscrever em seis categorias: "Água e Meio Ambiente"; "Agroecologia"; "Economia Solidária"; "Educação"; "Saúde e Bem-Estar" e "Cidades Sustentáveis e Inovação Digital". Já para a inédita categoria internacional, é preciso se enquadrar no tema "Água e Meio Ambiente, Agroecologia ou Cidades Sustentáveis".

Além do prêmio para os vencedores de cada uma das categorias, os finalistas recebem troféu e vídeo sobre seu projeto, e as iniciativas certificadas passam a fazer parte do Banco Tecnologias Sociais.

"A internacionalização do prêmio é um processo natural", afirmou Fábio Eon, representante da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), apoiadora do prêmio, no lançamento do concurso, na terça-feira (28). "É sinal que o Brasil tem um terceiro setor forte."

O representante da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) no Brasil, Alan Bojanic, também destaca o alto desenvolvimento do setor no país.

"É um nível muito avançado, mas não quer dizer que não tenha iniciativas interessantes fora do país", disse sobre a troca de experiências que o prêmio pretende oferecer.

Outra novidade é a realização do Fórum Internacional de Tecnologia Social, que será realizado em Brasília, em novembro deste ano, reunindo especialistas e integrantes do Banco de Tecnologias Sociais. O objetivo é debater o conceito de tecnologia social como instrumento do desenvolvimento sustentável.

"Não queremos ser meros financiadores sociais. Queremos ser articuladores", disse o presidente da Fundação Banco do Brasil, Asclepius "Pepe" Soares, durante o lançamento do prêmio.

EMPODERAMENTO

Além da internacionalização, o concurso traz ainda um alinhamento com os 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), em especial com o de número cinco, que trata da igualdade de gênero e do empoderamento feminino.

As tecnologias sociais que promoverem o protagonismo e o empoderamento feminino vão receber um bônus de cinco por cento na pontuação total obtida como forma de incentivo.

Única mulher entre os representantes das instituições apoiadoras do prêmio, Maristela Baioni, do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), elogiou a iniciativa da fundação.

"O que nos une é que o prêmio agora reconhece as experiências que contribuem para o avanço dos objetivos", afirmou. "Acho muito relevante a pontuação diferenciada, é um grande avanço. Ele amplia o espaço da mulher principalmente num país como o Brasil que ainda tem muitas diferenças."

O Prêmio FBB de Tecnologias Sociais está com inscrições abertas até 31 de maio. O regulamento e o procedimento de participação estão no site. O concurso também é apoiado pelo Banco Mundial e pelo CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina).

A repórter PATRICIA PAMPLONA viajou a convite da Fundação Banco do Brasil


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