Folha de S. Paulo


Junto a instituto, Rede Asta lança desafio para reaproveitamento têxtil

No Brasil, cerca de 175 mil toneladas de resíduos têxteis são descartados por ano, e 85% desse material acabam em aterros sanitários e podem levar dezenas de anos se decompondo, pois são necessários 12 anos para reciclar o que uma empresa de fast fashion produz em cerca de 48 horas.

Para desenvolver soluções para o problema, estudantes e profissionais têm até 9 de janeiro para apresentar ideias inovadoras de reaproveitamento de roupas e uniformes usados no 1º Desafio IED & Rede Asta Upcycling Têxtil: Design e Tecnologia.

Divulgação
Tecidos que grupos produtivos da Rede Asta utilizam em técnicas de upcycling para construir novos produtos
Tecidos que grupos produtivos da Rede Asta utilizam em técnicas de upcycling para novos produtos

O objetivo do concurso é identificar os melhores produtos utilitários para o mercado de brindes corporativos feitos a partir dos resíduos, além de formas caseiras, engenhosas e baratas que os transformem em matéria-prima para produção de outras peças.

As ideias serão julgadas por uma comissão composta por especialistas na área de moda e negócios e avaliadas em duas categorias: Novos Produtos e Novas Tecnologias.

Podem participar do desafio estudantes e profissionais de qualquer instituição de ensino superior e/ou profissionais de design, moda, engenharia, química, biologia ou qualquer outro curso cuja grade curricular tenha afinidade com o objetivo do desafio, além de artesãs.

Os inscritos serão convidados a participar de um workshop de "upcycling" –termo que designa o reaproveitamento de tecidos– com Gabriela Mazepa, da Re-Roupa.

Os prêmios serão 5% de royalties sobre o valor dos pedidos fechados pela Rede Asta para o mundo corporativo durante dois anos; venda dos produtos no e-commerce da marca de moda ALHMA, do André Carvalhal, lançada em março/2017; desenvolvimento do maquinário e produção de peças com grupos de costureiras e artesãs comunitários; assinatura nos tags dos produtos; reconhecimento nos sites de ambos os organizadores; divulgação na imprensa; e co-assinatura dos produtos ou tecnologia.

A produção das ideias vencedoras do desafio também vai gerar renda e conhecimento para grupos produtivos de artesãs localizados em regiões de baixa renda já apoiados pela Rede Asta, fundada por Alice Freitas, membro da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

Os vencedores serão ainda convidados a treinar os grupos de artesãs para que elas possam passar a usar suas tecnologias e produzir as peças que criaram. Inscrições e informações estão disponíveis no site do desafio.


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