Com o objetivo de incentivar novas formas de organizar, produzir e consumir moda, tornando o setor mais sustentável e colaborativo, a Malha e a C&A, junto de seu instituto lançaram na terça-feira (8) um projeto de incubação de novas marcas e especialização.
A proposta tem como centro de mudança a sede da Malha, no Rio, que, reunindo diferentes propostas de novas marcas, gere um "movimento para cocriar o futuro da moda", segundo um de seus fundadores, André Carvalhal.
"A gente está vivendo uma era de transição", afirmou o empresário no lançamento da plataforma. "Não se pode mais ignorar o esgotamento do planeta."
O projeto irá atuar em quatro frentes. Duas contemplam a incubação de novas marcas e o desenvolvimento de um polo de "upcycling", que transforma resíduos ou peças de roupas que seriam descartadas em novos produtos, em um trabalho similar ao da Retalhar, vencedora da Escolha do Leitor 2016.
Já as duas outras iniciativas, de responsabilidade do Instituto C&A, parceiro do Prêmio Empreendedor Social, incluem a promoção de palestras e workshops, com o intuito de disseminar o conhecimento e ampliar o debate de moda sustentável, e cem bolsas de estudo para escola de Moda da Malha.
O presidente da C&A, Paulo Correa, que esteve no lançamento, disse, sobre o projeto, que "alguém precisa começar a incentivar a economia circular". "A moda precisa estar a serviço do indivíduo, não o indivíduo ser vítima da moda."
A sede da Malha deve começar a receber as primeiras empresas no início de 2017. Tanto para a incubação quanto para as bolsas, a seleção será feita por edital.