Folha de S. Paulo


Incentivando doações, Nina Valentini ganha prêmio da Folha para jovens

Aos 29 anos, a administradora Nina Valentini é eleita a empreendedora social mais inovadora no Brasil entre os candidatos de até 35 anos.

Pela sua atuação à frente do Instituto Arredondar, ela recebe o 8º troféu do Prêmio Folha Empreendedor Social, na noite desta segunda-feira (7), no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.

O Instituto Arredondar, uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), que levou Valentini à conquista, opera desde 2014 para permitir e incentivar microdoações no Brasil.

"Vimos o nosso sonho atravessar muitos desafios. Para cada ação de impacto, existe uma ação de empreendedores que temos o prazer de acompanhar", disse Nina durante entrega do prêmio.

O sistema de microdoações criado pela vencedora tem uma lógica simples: o cliente de um estabelecimento doa alguns centavos, ou seja, "arredonda" a conta, quando vai finalizar uma compra. Esses centavos, de grão em grão, se revertem em alguns milhares de reais em verbas para projetos e causas sociais diversos.

O instituto une grandes redes, como o Grupo Pão de Açúcar, e lojas como Cori, Puket e Spoleto, com ONGs, como a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), e institutos, como Ayrton Senna e Fazendo História, finalistas do Prêmio Empreendedor Social em 2005 e 2011, respectivamente.

Atualmente, o Arredondar consegue captar uma média de 10 mil doações diárias, beneficiando 15 ONGs ao todo. Todas foram escolhidas por meio de um edital, realizado seguindo os oito ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) da ONU (Organização das Nações Unidas).

Valentini chegou à grande final ao lado de Jonas Lessa, 25, e Lucas Corvacho, 28 (Retalhar); e Michael Kapps, 27 (Tá.Na.Hora), que passaram por uma disputada seleção com outros 145 candidatos inscritos na duas premiações.

A categoria é uma iniciativa exclusiva da Folha voltada para jovens de até 35 anos que estão à frente de iniciativas socioambientais de um a três anos de existência. Especialistas consideram a fase inicial de todo projeto social como a mais crítica.

PRÊMIO

Além de receber visibilidade, o empreendedor será convidado a integrar a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais e ganha capacitação em gestão e consultorias, entre outros benefícios.

Valentini foi escolhida por um prestigiado júri composto por personalidades e referências em suas respectivas áreas. São eles: Hilde Schwab, presidente do conselho da Fundação Schwab para Empreendedores Sociais; Elie Horn, fundador e presidente do conselho da Cyrela, incorporadora e construtora; Maria Cristina Frias, colunista de "Mercado" na Folha; e Alexandra Loras, ex-consulesa da França e ativista do empoderamento da mulher negra.

Também integram o júri Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro Nacional; Cláudio Sassaki e Eduardo Bontempo, cofundadores da Geekie e vencedores do prêmio em 2014; Ana Lucia Villela, presidente do Instituto Alana; e Ricardo Siqueira, diretor-executivo de relações institucionais da Fundação Dom Cabral.

Para chegarem às suas decisões e notas, os jurados avaliaram detalhados relatórios preparados por um time de jornalistas da Folha e consultores que foram a campo coletar informações e impressões sobre o trabalho dos seis finalistas do ano, nas duas categorias, além de realizar entrevistas com suas famílias, equipes de trabalho, parceiros, amigos, patrocinadores e beneficiários.

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, Vivo, IEL, uma iniciativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria); e da Fundação Banco do Brasil. Conta com a LATAM como transportadora oficial e o apoio da Porto Seguro. UOL, ESPM e Fundação Dom Cabral são parceiros estratégicos.

Leia nesta terça-feira (8), na versão impressa da Folha, caderno especial sobre os finalistas da edição deste ano. No site, veja vídeos e outras reportagens sobre os projetos dos finalistas.


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