Folha de S. Paulo


No Dia Mundial da Água, cinco lagos que desapareceram na última década

Diferentes partes do mundo registraram o sumiço de lagos naturais na última década. Em alguns casos, o desaparecimento aconteceu em questão de semanas, como na província de Sanica, na Bósnia.

A lista de motivos para extinção inclui casos de ação humana e até de terremoto, possível explicação para o esvaziamento de um lago glacial na Patagônia chilena em 2007.

Alguns casos, no entanto, permanecem inexplicáveis para a ciência.

O fato é que a água está se tornando cada vez mais escassa. "O que estamos vivendo e aprendendo é que a conservação da água é importante", diz o ambientalista do Imaflora, Luis Fernando Guedes Pinto, membro da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.

"A primeira coisa que aprendemos na escola é o ciclo da água. Existem processos normais, de secas, mas o homem está cada vez mais interferindo nesse ciclo", explica.

Para Guedes, as soluções para a Terra continuar sendo o Planeta Água são simples e não exigem uma revolução.

Na agricultura responsável por 60% do consumo no Brasil, é necessário, sugere Guedes, diminuir o desmatamento, recuperar a floresta e evitar a poluição por erosão e uso de agrotóxicos.

Já no meio urbano, são importantes o consumo consciente, o reúso da água por tratamento do esgoto e utilização da chuva e garantir o saneamento básico para toda a população.

"O que falta é assistência técnica para divulgar a informação ao agricultor e ao consumidor do meio urbano", diz o ambientalista.

No Dia Mundial da Água, celebrado nesta terça-feira (22), a Folha reuniu cinco casos de lagos ao redor do mundo que desapareceram, ou estão em processo, na última década.


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