Folha de S. Paulo


Maioria das startups de negócio social são administradas por homens

Apesar de um certo avanço feminino, 69% das startups de negócios de impacto social são geridas por homens. Foi o que apontou a pesquisa "Empreendedores de Impacto", coordenada pela Artemisia e conduzida pela Din4mo.

O estudo quantitativo mapeou os perfis, as demandas de investimento e o estágio de desenvolvimento das startups.

Arte: Patricia Pamplona

Outra descoberta foi o baixo endividamento dos negócios sociais –67% não possuem dívidas, ainda que estejam em fase inicial e com dificuldades de geração de caixa. O que poderia ser bom, na realidade, mostra a forte limitação da oferta de crédito para esse perfil de empresa.

Reflexo de movimentos recentes, a tecnologia passou a exercer um papel fundamental nesse perfil de negócio, uma vez que 59% dependem diretamente da internet. Isso também pode ser observado nos 4% de startups que obtiveram um investimento via crowdfunding (financiamento coletivo).

Arte: Patricia Pamplona

A maior parte do financiamento recebido foi aplicada em desenvolvimento de produtos e serviços (25%) e aperfeiçoamento do modelo de negócios (17%). Ainda que a maioria já esteja em fase comercial (48%) –com produto em fase inicial de lançamento ou plenamente lançados, poucos (5%) destinaram os recursos para expansão regional.

A PESQUISA

Para realizar o levantamento, foram ouvidos 1.200 empreendedores, que corresponde a uma parcela de negócios analisados no programa de aceleração da Artemisia, no período entre 2011 e 2015.

O estudo visa contribuir para o entendimento e evolução dos negócios de impacto social no Brasil, segmento da economia que tem cativado número crescente de empreendedores dispostos a oferecer soluções escaláveis para problemas sociais da população de baixa renda.


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