Folha de S. Paulo


Candidatos à Presidência assinam compromisso com educadores na BA

Cerca de mil professores do Movimento Educação em Nossas Mãos cobraram nesta segunda-feira (29), em evento em Salvador, que os candidatos à Presidência e ao governo da Bahia expliquem suas propostas para a educação e se comprometam a ouvir reivindicações dos educadores.

Na solenidade de lançado do livro "Vozes dos Educadores Brasileiros", os representantes dos candidatos à Presidência Aécio Neves (PSDB), Eduardo Jorge (PV), José Maria de Almeida (PSTU), José Maria Eymael (PSDC), Luciana Genro (PSOL) assinaram o volume para sinalizar compromisso com o tema educação. A candidata Marina Silva enviou uma mensagem de áudio contendo suas propostas para o tema.

Da Bahia, firmaram compromisso representantes dos candidatos Lídice Mata (PSB), Rui Costa (PT) e, pessoalmente, Renata Mallet (PSTU).

O movimento ouviu professores em 15 estados e propõe aos candidatos seis ideias principais sobre a educação: protagonismo dos educadores, continuidade de políticas públicas que funcionam, plano de carreira para professores, melhores condições de trabalho, infraestrutura adequada e internet nas escolas e educação integral para todas as crianças.

"Sozinhos, os professores não vão mudar a educação. Precisamos da participação dos governos, dos gestores das escolas públicas, dos pais, da sociedade", diz Cybele Amado, vencedora do Prêmio Empreendedor Social, da Folha de S.Paulo e da Fundação Schwab, que faz parte do movimento.

O candidato eleito presidente receberá a única edição do livro composto por artigos com sugestões para o futuro da educação no país, elaborados por professores do movimento.

Nenhuma pergunta do debate dos presidenciáveis na Record foi sobre educação

"Parece que neste país a educação ainda não é prioridade. Queremos que o protagonismo social dos educadores sensibilize a sociedade para que a educação passe a ser uma febre nacional", afirma Cybele.

No domingo (28), o movimento fez uma caminhada na cidade de Salvador com a participação de cerca de 400 professores para chamar a atenção para suas reivindicações. Em maio, o movimento já fez uma marcha a Brasília, pela aprovação do Plano Nacional de Educação.


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