Até o próximo domingo (30) acontece no Rio de Janeiro a primeira edição do Startup Weekend Rio Favela, que levará para o Morro da Providência um dos maiores eventos de empreendedorismo tecnológico do país.
O objetivo da iniciativa do CDI (Comitê para Democratização da Informática), que organiza o evento em comemoração aos seus 19 anos, em parceria com a equipe do Startup Weekend Brasil, é unir 150 líderes das favelas do Rio de Janeiro, designers, programadores e empreendedores da tecnologia para que juntos encontrem possíveis soluções para problemas sociais dos moradores da região.
Durante três dias, todos os envolvidos no evento trabalharão juntos em busca de soluções para quatro problemas diagnosticados na comunidade: lixo; educação; cultura e lazer; e geração de renda.
É a primeira vez que o evento, criado nos Estados Unidos e que já ocorreu em 676 cidades em todo o mundo, em suas mais de 1.500 edições, acontece dentro de uma favela. "É uma edição considerada histórica pelos criadores por ser a primeira vez que se realiza em uma favela, com foco em negócios sociais, estimulando o empreendedorismo social e startups de negócios sociais", conta o fundador do CDI, Rodrigo Baggio, integrante da Rede Schwab de Empreendedores Sociais.
| Santi Carneri-26.out.2010/EFE | ||
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| Vista do morro da Previdência, que recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) em 2010 |
Segundo Baggio, o objetivo do evento é ser um exemplo de tech-ativismo –movimento que inspira pessoas a serem agentes de transformação usando a tecnologia como um acelerador. "Esses líderes criarão soluções através das tecnologias emergentes que possam impactar e transformar esses problemas", diz.
No mesmo evento, o CDI, responsável por liderar um grupo de inclusão digital no país, desde 1995, com a intenção de estimular o empreendedorismo e a cidadania por meio da tecnologia, também lançará a plataforma #NaReal. Nesse ambiente virtual, cada um poderá criar uma causa que seja relevante para sua região e engajar outras pessoas para que mobilizem suas redes para atuarem na transformação. A #NaReal faz parte de uma escola de tech-ativismo que o CDI está criando.
O CDI já levou acesso à rede para regiões de baixa renda, clínicas psiquiátricas, presídios, instituições de atendimento a portadores de deficiência, aldeias indígenas e ribeirinhas e centros de ressocialização de jovens privados de liberdade, entre outros.
"É muito importante inspirar uma nova geração de pessoas que vão utilizar a tecnologia para ser agentes de transformação, para mudar a sua realidade", diz Baggio. As inscrições estão abertas no site e custam R$ 220, o que inclui alimentação para todos os dias de evento.