Folha de S. Paulo


Projeto dos índios suruís em Rondônia gera créditos de carbono

O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) acaba de concluir a verificação do primeiro projeto de REDD+ (redução de emissões de gases de efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal) em área indígena do mundo: o Projeto de Carbono Florestal Suruí, da Terra Indígena Sete de Setembro, do povo paiter-suruí, localizada nos Estados de Rodônia e Mato Grosso.

De acordo com os profissionais do Imaflora que acabam de voltar da verificação, o desmatamento foi efetivamente reduzido na região, durante o período de 2009 a 2012, gerando créditos de carbono, que poderão ser comercializados no mercado voluntário.

O projeto validado tem duração de 30 anos e irá até 2038. Ele tem como meta conservar a área de 12 mil hectares de mata e evitar a emissão de cerca de 7 milhões de toneladas de CO2. Faz parte da estratégia dos paiter-suruís para gerar recursos para financiar o seu plano de gestão para os próximos 50 anos.

O Imaflora utiliza os sistemas VCS e CCB para validação de projetos de carbono. A ONG trabalha para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais e para gerar benefícios sociais nos setores florestal e agropecuário.

Os empreendedores sociais Almir Narayamoga Suruí, da Associação Metareilá, e Luís Fernando Guedes Pinto, do Imaflora, foram finalistas do Empreendedor Social 2012 e integram a Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.


Endereço da página: