Este minissimulado ajuda o estudante a testar seu desempenho antes de enfrentar o vestibular no meio do ano. São 24 questões inéditas -três para cada uma das oito disciplinas do ensino médio, incluindo inglês.
A pedido da Folha, o exame foi elaborado pela empresa educacional Adaptativa, de São Paulo, e segue um modelo semelhante ao aplicado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) e pelas principais instituições particulares paulistanas, como a Universidade Presbiteriana Mackenzie, por exemplo.
"É uma prova que aborda conhecimentos básicos, conteúdos que sempre caem nos vestibulares", diz Clecio Lima, fundador da Adaptativa.
A avaliação exige conceitos de probabilidade e de temas sociais, como a segregação racial, domínio da leitura de mapas e conhecimento de história do Brasil.
As perguntas de português se caracterizam pelo "textão", formato consagrado nos exames vestibulares.
O tempo máximo ideal para resolver uma questão é de três minutos. A prova, portanto, deve ser concluída em até 72 minutos.
A candidata Mariana Brito de Jesus, 19, usa com frequência o simulado para fazer uma avaliação do seu preparo. Ela conta que vem estudando há três anos para concorrer a uma vaga em medicina, e dedica a maioria de seus finais de semana aos testes -entre simulados para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e para as universidades públicas paulistas.
| Keiny Andrade/Folhapress | ||
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"É a única forma que tenho de medir se realmente estou no patamar para entrar ou não na universidade. Hoje acerto quase 80% das provas que faço", diz. Quando começou a estudar para as provas, não pontuava nem a metade.
Os cursinhos reproduzem nos simulados as condições a serem enfrentadas no exame vestibular: muita pressão e tempo controlado para responder às perguntas.
Também criam um ranking de desempenho com a posição de cada participante nas provas, algo semelhante às listas de aprovados no vestibular. "Os alunos levam um choque, mas precisam entender onde eles estão em relação aos demais", afirma Renan Miranda, coordenador-pedagógico do Anglo.
Segundo os professores, o simulado é uma ferramenta pedagógica que oferece um diagnóstico preciso.
"O resultado mostra o quanto de conteúdo o aluno já reteve", diz Vinícius Haidar, coordenador do Poliedro.
O pós-simulado é uma etapa importante. "O estudante identifica se errou uma questão por falta de domínio de conteúdo ou por não ter uma habilidade como a de contextualizar conhecimentos diferentes", afirma Miranda, do cursinho Anglo.
Com esse diagnóstico em mãos, fica mais fácil o aluno ir atrás daquilo que precisa estudar mais.