Folha de S. Paulo


Entidades estudantis predominam em invasão na Assembleia de SP

Entre os cerca de 50 jovens que permaneciam no plenário da Assembleia Legislativa na quarta-feira (4), há integrantes de entidades estudantis, alunos de escolas estaduais e até de universidades particulares.

A maioria é ligada a organizações como a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UEE (União dos Estudantes Estaduais) e UJS (União da Juventude Socialista), ligada ao PC do B.

O plenário foi invadido na tarde de terça-feira (3). Os estudantes afirmam que só vão sair quando for instaurada uma CPI para investigar as fraudes na merenda. O presidente da Assembleia, deputado Fernando Capez (PSDB) obteve na Justiça a reintegração de posse do local.

Antes disso, isolou o plenário em uma estratégia que chamou de "saturação": manifestantes que saíram foram proibidos de retornar, e a imprensa não pôde ter acesso aos jovens para, segundo o deputado, "não dar palco".

Capez anunciou que vetaria a entrada de mantimentos, mas liberou a entrada de pequenas caixas com comida levadas por dois deputados do PT.

Segundo o tucano, os parlamentares o avisaram que havia menores na invasão, o que ele desconhecia.

Capez afirmou que a reintegração será feita de forma "pacífica, ordeira, consensual, evitando o máximo de confronto".

LADO DE FORA

Além dos jovens dentro do plenário, apoiadores se instalaram do lado de fora da Assembleia.

Juliana, 22, que não quis ter o sobrenome divulgado, era uma delas. Integrante da UJS e aluna de arquitetura na FMU, ela conta que os jovens planejaram entrar no plenário na segunda (2). A decisão foi divulgada em redes sociais.

Segundo ela, muitos no grupo participaram de ocupações das escolas estaduais no ano passado em protesto contra a reorganização da rede pelo governo Alckmin (PSDB).


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