Comandados pela superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, os servidores da autarquia do governo do Estado fizeram uma abraço coletivo simbólico no prédio da sede na manhã desta terça-feira (3). O local está ocupado por estudantes desde quinta-feira (28) em protesto por melhorias na merenda.
De mãos dadas, os funcionários deram a volta no complexo, onde também funciona a Etec (escola técnica) Santa Ifigênia. Alguns gritaram "queremos trabalhar!". Outros chamaram os ocupantes de "vagabundos" e os mandaram estudar.
Laura Laganá disse que na segunda foi possível garantir a folha de pagamento, vale-transporte e bonificação dos servidores. Ela defendeu a ação da Polícia Militar, que entrou no prédio por volta das 10h50. "A polícia garantiu o acesso e a segurança dos funcionários, o combinado era esse. Quando os servidores saíram, a polícia também saiu."
Adriano Vizoni/Folhapress | ||
Policiais militares deixam o Centro Paula Souza, ocupado por estudantes, na noite de segunda (2) |
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, a PM entrou no prédio para garantir a liberdade de trabalho dos funcionários. A ação foi considerada ilegal pela Justiça porque a pasta não tinha mandado específico que autorizava a entrada no prédio –apesar de já haver decisão pela reintegração de posse.
A superintendente disse que a polícia não deve, nesta terça, repetir a operação de segunda-feira. Os servidores aguardam uma posição dos estudantes sobre uma possível liberação deles.
Na noite de segunda-feira, o governo defendeu que a polícia não executou a reintegração de posse e não retirou os estudantes. Mas só entrou para garantir a segurança doa trabalhadores.
Segundo Laura Laganá, as reivindicações dos estudantes foram atendidas. "Todas as escolas agora têm merenda. Onde há merenda seca, precisamos licitar para fazer obras", disse.