O Ministério da Educação reinaugurou nesta segunda-feira (2) o campus Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). O prédio foi entregue com quase um ano de atraso –a inauguração deveria ter ocorrido em julho de 2015.
Inicialmente, o local foi entregue incompleto em 2007 por Fernando Haddad (PT), então ministro da Educação e hoje prefeito de São Paulo. Faltava o que seria o prédio principal.
Com falta de espaço, os cerca de 3.200 estudantes da unidade chegavam a ter aulas em uma escola infantil ao lado do campus.
Em consequência de uma série de problemas na licitação, o edifício principal só começou a ser construído em 2013.
Durante as obras, todo o campus precisou se mudar para um colégio particular no centro de Guarulhos, por aluguel de R$ 250 mil por mês.
A Unifesp anunciou que o prédio ficaria pronto em julho do ano passado, mas as obras atrasaram. Depois, anunciou que as aulas deste ano começariam já no prédio novo, mas houve outro atraso.
A instalação elétrica não havia sido concluída e faltava um laudo de segurança dos bombeiros.
Conforme a Folha revelou, os alunos ficaram mais de um mês sem aulas por causa da demora —elas começaram na semana passada. As aulas perdidas serão repostas, segundo a Unifesp.
"Não houve um prejuízo acadêmico. Sempre há problemas de gestão, licitação, mas todas as contas aqui foram aprovadas. O prédio ficou muito bonito", afirmou Aloizio Mercadante, ministro da Educação.
SEM FINALIZAÇÃO
Alguns pontos do novo prédio ainda não estavam finalizados, principalmente no estacionamento. Operários ainda davam últimos retoques em um local que tinha tinta fresca e uma grande quantidade de materiais.
Daniel Vazquez, diretor acadêmico, justificou: "Queríamos inclusive entregar antes. Nada foi antecipado. Quem já fez uma mudança sabe que é natural o processo de arrumação, ainda mais sendo uma universidade".
Outra parte do campus, um prédio administrativo ainda em obras, deve ser entregue ainda neste ano.
A Unifesp Guarulhos fica no bairro dos Pimentas, periferia da cidade. A unidade surgiu durante a expansão de universidades federais no governo Lula. O campus é focado em cursos de humanas, como história, letras e ciências sociais.