Folha de S. Paulo


Sobe para 74 número de escolas ocupadas em SP

Aumentou para 74 o número de escolas ocupadas por estudantes no Estado de São Paulo neste sábado (21), segundo informações da Secretaria de Educação.

Os estudantes são contrários à reorganização de escolas, medida anunciada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB). A secretaria, porém, não soube informar detalhes sobre a localização e a situação dos colégios que foram ocupados.

São sete a mais desde sexta-feira (20), quando o número oficial era de 67 escolas. Procurada pela Folha, a Apeoesp (sindicato estadual docente) não foi encontrada para comentar o caso.

Nesta quinta-feira (19), a Justiça havia determinado a reintegração de posse de uma escola ocupada em Jundiaí. Caso o colégio não seja desocupado, será fixada uma multa diária no valor de R$ 10 mil.

PROPOSTA

Na quinta-feira, o governo propôs suspender temporariamente a reorganização das escolas estaduais para uma discussão com os colégios sobre a medida desde que os estudantes aceitassem desocupá-las. A oferta foi feita em uma audiência de conciliação, convocada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Na ocasião, estudantes da rede estadual de ensino fizeram uma contraproposta à oferta feita pelo secretário de Educação, Herman Voorwald. A contraproposta deve ser analisada pelo governo até segunda-feira (23).

Questionado por uma defensora pública se seria possível revogar completamente a reorganização caso as escolas concluíssem que eram contrárias à medida, Voorwald não respondeu e se limitou apenas a dizer que haveria discussões nas escolas.

Depois, disse reservadamente à defensora que "não existe possibilidade de a reorganização ser suspensa, ela pode ser revista". Ou seja, as escolas podem propor alterações pontuais à política pública, mas não derrubá-la. Em entrevista coletiva após a audiência, o secretário afirmou que a reorganização está mantida.

O secretário não comentou a contraproposta. Segundo a defensora, ele manifestou que era importante manter o calendário para a reorganização em 2016.

Caso não haja acordo, o processo de reintegração de posse das escolas Fernão Dias Paes e Salvador Allende -que pode se estender a todas as escolas da capital- será analisado na próxima reunião da 7ª Câmara de Direito Público, na segunda, no Palácio da Justiça.


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