Folha de S. Paulo


Após greve, reposição de aulas em SP poderá ocorrer até janeiro de 2016

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) afirma que as reposições das aulas perdidas na greve de 89 dias dos professores serão definidas em cada escola da rede e ocorrerão em julho e dezembro deste ano e até janeiro de 2016.

O calendário vai variar conforme a adesão à greve pelos docentes de cada colégio.

Diante do esvaziamento da paralisação, houve escolas que começaram a discutir um plano nas últimas semanas.

Na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital, professores fizeram reuniões com pais e alunos, que questionaram a intenção de repor as aulas em apenas 15 dias, no meio das férias.

Editoria de Arte/Folhapress

O impacto no colégio foi grande principalmente para alunos do período noturno. Havia alunos sem notas e faltas das disciplinas de matemática e história no boletim devido à falta de aulas.

POLÍTICA SALARIAL

Embora não tenha apresentado proposta de reajuste aos professores estaduais, a gestão Geraldo Alckmin afirma que garantiu, desde que a greve começou, "a construção de uma nova política salarial, além da oferta de outros benefícios aos docentes".

Em março, no início da paralisação, a Secretaria da Educação dizia poder discutir reajuste a partir de abril.

Outras paralisações dos docentes que estão no ranking das mais longas já feitas em SP também acabaram sem que as principais reivindicações tivessem sido atingidas.

Na greve de 1989, que era até então a mais duradoura da categoria, a paralisação de 80 dias terminou com uma proposta do governo 53% abaixo do pedido dos grevistas.


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