Folha de S. Paulo


Professores de SP decidem se mantêm greve mais longa da história

Os professores da rede estadual de São Paulo fazem nesta quarta (3), na avenida Paulista, assembleia para decidir se mantêm greve iniciada há 80 dias. A paralisação se iguala à mais longa da história da rede até então, em 1989.

A Apeoesp (sindicato docente) afirma que o atual movimento já é o mais extenso, pois na contabilização da entidade, a greve atingiu 83 dias. O sindicato iniciou a contagem a partir do dia da aprovação do protesto, três dias antes do início efetivo da greve.

Editoria de Arte/Folhapress
PANORAMA DA GREVEDados sobre a paralisação dos professores estaduais

Segundo a entidade, a reposição das aulas perdidas terá como base a sua lógica de contagem.

A presidente do sindicato, Maria Izabel Noronha, afirma que a assembleia desta sexta deve ser "dividida". De um lado, parte dos professores entende que o movimento não pode cessar enquanto as revindicações não sejam atendidas. A principal é o reajuste salarial de 75,33%.

O governo Geraldo Alckmin (PSDB) diz que apenas mês que vem poderá conceder reajuste (percentual ainda não definido).

Por outro lado, a sindicalista afirma que os professores grevistas sentem o peso do desconto dos dias parados, aplicado pelo governo, o que enfraqueceu a adesão à paralisação. "Não é possível saber qual posição prevalecerá na assembleia", diz Noronha. O ato começa às 14h, no vão do Masp.

Segundo o sindicato, 30% dos professores estão em greve, mesmo patamar da semana passada, mas abaixo dos 60% divulgados em abril. Para a Secretaria de Educação, o percentual segue nos 4% da semana passada.


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